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variedades Terça-feira, 07 de Junho de 2022, 10:42 - A | A

Terça-feira, 07 de Junho de 2022, 10h:42 - A | A

JIBOIA NO SHOPPING

Amigos passeiam com jiboia de quase 3 metros em shopping de Cuiabá; veja vídeo

G1 MT

 
Confi1

 

 

O profissional de tecnologia Viktor Alves Pulcherio, de 37 anos, levou sua jiboia de estimação, chamada Gigi, para um passeio no Pantanal Shopping, no domingo (5), em Cuiabá, e provocou um alvoroço em quem transitava pelo local. O animal, de 10 anos, mede 2,90 metros e pesa 15 quilos, o que instigou curiosidade e medo nas pessoas.

 

As imagens do passeio repercutiram nas redes sociais durante o fim de semana.

 

Há dois meses, Viktor comprou a cobra em uma empresa especializada no manejo de serpentes e certificada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

 

Ele disse que resolveu passear com um amigo junto com a Gigi, algo que costuma fazer somente às segundas e terças-feiras. Desta vez, porém, decidiu ir em um domingo, no Dia do Meio Ambiente. Segundo Viktor, a jiboia foi carregada a maior parte do tempo pelo amigo dele.

 

Eles começaram o trajeto pelo Parque das Águas e depois se dirigiram até o shopping. Ele contou ao g1 que escreveu uma carta à administração do local para conseguir uma autorização oficial para entrar com o animal.

 

Na carta, o tutor explicou que o réptil estava saudável, era criado em cativeiro e não oferecia riscos aos demais frequentadores do estabelecimento comercial. Segundo Viktor, o documento não foi respondido até essa segunda-feira (6).

 

Viktor cria pets exóticos em casa em Cuiabá — Foto: Arquivo pessoal

Viktor cria pets exóticos em casa em Cuiabá — Foto: Arquivo pessoal

 

Ele contou que o passeio não durou muito tempo. Eles transitaram apenas pelo térreo por causa de uma pequena aglomeração que causou devido ao animal. Alguns queriam tirar fotos e tocar na jiboia, enquanto outros se incomodaram com a presença dela e reclamaram para a segurança do shopping.

 

 

De imediato, Viktor e o amigo foram orientados a se retirarem do local para não provocar pânico generalizado.

 

Para Viktor, o passeio serviu para mostrar às pessoas a importância da consciência ambiental e animal, para entender que não é necessário matar a cobra.

 

"Eu fiz esse passeio para conscientizar. As pessoas têm medo da cobra e ouvi até de alguns lá na hora de que já até mataram algumas cobras por conta do medo. Mas, quando viram a Gigi, perceberam que não tinha porque ter esse receio", explicou.

 

Ele mantém Gigi sempre bem alimentada, com um coelho como refeição por semana. Para Viktor, compensa bem mais ter uma cobra do que um cachorro.

 

"Ela é bem folgada e gosta do sofá. Se você senta, ela já vem dar um 'oi'. Ela é muito tranquila e acostumada com a presença humana", disse.

 

Viktor afirma que é apaixonado por animais exóticos e os cria dentro de casa — Foto: Arquivo pessoal

Viktor afirma que é apaixonado por animais exóticos e os cria dentro de casa — Foto: Arquivo pessoal

 

Existem 189 espécies de cobras na Amazônia, segundo os registros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Uma delas é a Gigi.

 

Esse amor pelos animais selvagens começou desde que era criança.

 

"Tenho esse amor pelos animais selvagens desde pequeno. Eu pegava eles e levava para casa e depois soltava. Então, elas são inofensivas ao ser humano. É só ter consciência de diferenciar das peçonhentas e não agir com medo", explicou.

 

Viktor e a Gigi em casa — Foto: Arquivo pessoal

Viktor e a Gigi em casa — Foto: Arquivo pessoal

 

Guarda legal

 

Viktor afirmou que passou pelo processo de regularização na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e possui a guarda da Gigi.

De acordo com a Sema, a guarda de animais silvestres deve ser devidamente registrada no sistema do governo e seguir algumas etapas criteriosas para a concessão da permissão.

 

Para isso, alguns documentos oficiais são exigidos para o registro, como requerimento de guarda, cópia de documento de identidade oficial com foto e CPF, comprovante de endereço, relação dos grupos taxonômicos ou espécies de interesse e a quantidade delas.

 

Também deve informar o local onde o animal será domesticado e apresentar uma declaração de que possui recursos suficientes para arcar com as necessidades do bichinho.

 

Segundo a Sema, uma guarda provisória tem duração de seis meses. Para efetivar a autorização de forma definitiva, um processo que tramita dentro da própria Sema precisa ser devidamente finalizado e assinado por todas as partes.

 

A guarda de animais silvestres pode ser requisitada por qualquer cidadão, desde que siga as recomendações da Sema e o criatório onde for realizada a compra do animal tenha registro aprovado pelo Ibama.

 

As regras são estipuladas e fiscalizadas por técnicos da área a fim de evitar e prevenir o tráfico ilegal de animais.

 

Confira imagens que circulam nas redes sociais:

 

 

 

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