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Reprodução/YouTube
Alguns vereadores de Cuiabá e outras personalidades, inclusive da mídia, estão surfando na onda dos 'mercadinhos em presídios'. O alvo? A Assembleia Legislativa, mais precisamente 13 deputados estaduais que votaram pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes (União) ao projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo que permite, com ressalvas, a instalação de 'mercadinhos' em unidades prisionais do Estado. Durante a semana, a Câmara chegou a aprovar uma 'moção de repúdio' contra os tais 13 deputados. A moção foi assinada por 14 dos 27 vereadores.
O problema é que não se sabe quem são os deputados, alvos da moção, já que a votação de vetos do governo é secreta e garante a liberdade da atuação parlamentar sem que haja o risco de perseguições naturais do jogo do poder. O único parlamentar a defender abertamente a derrubada do veto do governador foi Lúdio Cabral (PT).
Pelo que se avalia nos corredores do Parlamento, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), não votou pela derrubada do veto, mas exerce a liderança de defender a prerrogativa dos deputados em aprovar ou derrubar projetos vetados pelo Executivo. E faz uma observação importante, em defesa dos que votaram a favor. "A Assembleia não liberou venda de nada supérfluo dentro de mercadinho, dentro de presídio. Muito pelo contrário. A Assembleia deu uma autorização para que se possa vender o necessário. O que é necessário? Sabonete, uma pasta de dente, um absorvente para uma mulher. Mas tem gente que acha que não, que a mulher tem que ficar lá sem absorvente, que tem que ficar lá sem escovar os dentes, sem usar sabonete", aponta.
E tem um detalhe nisso tudo que realmente chama a atenção. Boa parte dos 'críticos' à derrubada do veto não confessa, mas serão candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. Ao atacar a 'Casa', a dica é: 'sou melhor que eles, mereço estar lá'. Ou seja, o oportunismo parece óbvio.
Max, inclusive, falou sobre isso. “Isso é movimento político. Tem vereador que quer disputar a eleição do ano que vem e tenta aparecer dessa forma.” E completou: “Eles deveriam cuidar das pautas da cidade. A população quer saber de buraco, hospital infantil, limpeza urbana. Não é hora de dar pitaco onde não é da competência deles (...). Já pensou eu discutir Câmara dos Horrores, aqui?"
Faz sentido!
Confira vídeo, publicado no site Rufando Bombo News:
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