02 de Junho de 2025

cotações: DÓLAR (COM) 5,73 / EURO 6,51 / LIBRA 7,72

opinião Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 08:37 - A | A

Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 08h:37 - A | A

BAR DO BUGRE

FRIOZINHO EM CUIABÁ

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 
1

 

 

Janelas fechadas, ar-refrigerado desligado — sinal de que lá na Chapada dos Guimarães a temperatura vai despencar, e amanhã talvez seja preciso vestir um casaquinho em Cuiabá.

 

Nos primeiros meses do ano choveu bastante na cidade, e a primeira onda de frio chegou ainda no outono.

 

Tempo de comidas quentes e noites gostosas para dormir.

 

Pena que esse friozinho dure tão pouco.

 

Mas já é um prenúncio de que talvez escapemos do calorão no inverno.

 

O trabalho no escritório tende a render mais, e espero concluir alguns textos que exigem maior concentração.

 

Por ora, o que tem me estressado mesmo são as partidas do meu time.

 

Até nas vitorias, os botafoguenses sofrem o tempo todo. Com a temperatura amena, pelo menos, suportamos melhor esse sofrimento.

 

Até nas vitorias, os botafoguenses sofrem o tempo todo. Com a temperatura amena, pelo menos, suportamos melhor esse sofrimento.

 

Sempre que o clima muda, lembro-me do meu pai.

 

Ele enfrentava o nosso calor como os antigos cuiabanos: sempre vestido com terno de casimira, camisa de mangas compridas, gravata e chapéu.

 

Ao rever fotos antigas da cidade, constata-se que até os trabalhadores mais humildes — carroceiros, vendedores ambulantes, comerciários, motoristas de taxi — usavam terno, gravata e chapéu, o ano inteiro.

 

A modernidade foi tirando o traje do cuiabano.

 

Os uniformes escolares com casquetes foram trocados por calças compridas e camisas de mangas curtas.

 

Hoje, só os desembargadores do Tribunal de Justiça mantêm o uso diário de terno e gravata.

 

Alguns amigos me telefonam pedindo que eu me agasalhe bem, para não pegar pneumonia — que na minha idade, é sempre um risco.

 

Este ano, já tomei minhas vacinas para prevenção das doenças respiratórias e continuo com o uso mensal das imunoglobulinas.

 

Na infância, não havia vacinas nem antibióticos. Meu organismo aprendeu a fabricar anticorpos sozinho.

 

Agora aos noventa, com o avanço da medicina, faço uso de todos os recursos disponíveis.

 

Meus últimos exames de sangue e imagem me tranquilizam quanto a essa friagem que anda passando por aqui.

 

A prevenção continua sendo a chave do sucesso — também quando se trata das doenças provocadas pelas mudanças de temperatura.

 

1

 

*Gabriel Novis Neves

28-05-2025

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

 *Os artigos são de responsabilidade seus autores e não representam a opinião do Mídia Hoje.

Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP

Siga a pagina  MÍDIA HOJE no facebook(CLIQUE AQUI)



Comente esta notícia