Janelas fechadas, ar-refrigerado desligado — sinal de que lá na Chapada dos Guimarães a temperatura vai despencar, e amanhã talvez seja preciso vestir um casaquinho em Cuiabá.
Nos primeiros meses do ano choveu bastante na cidade, e a primeira onda de frio chegou ainda no outono.
Tempo de comidas quentes e noites gostosas para dormir.
Pena que esse friozinho dure tão pouco.
Mas já é um prenúncio de que talvez escapemos do calorão no inverno.
O trabalho no escritório tende a render mais, e espero concluir alguns textos que exigem maior concentração.
Por ora, o que tem me estressado mesmo são as partidas do meu time.
Até nas vitorias, os botafoguenses sofrem o tempo todo. Com a temperatura amena, pelo menos, suportamos melhor esse sofrimento.
Até nas vitorias, os botafoguenses sofrem o tempo todo. Com a temperatura amena, pelo menos, suportamos melhor esse sofrimento.
Sempre que o clima muda, lembro-me do meu pai.
Ele enfrentava o nosso calor como os antigos cuiabanos: sempre vestido com terno de casimira, camisa de mangas compridas, gravata e chapéu.
Ao rever fotos antigas da cidade, constata-se que até os trabalhadores mais humildes — carroceiros, vendedores ambulantes, comerciários, motoristas de taxi — usavam terno, gravata e chapéu, o ano inteiro.
A modernidade foi tirando o traje do cuiabano.
Os uniformes escolares com casquetes foram trocados por calças compridas e camisas de mangas curtas.
Hoje, só os desembargadores do Tribunal de Justiça mantêm o uso diário de terno e gravata.
Alguns amigos me telefonam pedindo que eu me agasalhe bem, para não pegar pneumonia — que na minha idade, é sempre um risco.
Este ano, já tomei minhas vacinas para prevenção das doenças respiratórias e continuo com o uso mensal das imunoglobulinas.
Na infância, não havia vacinas nem antibióticos. Meu organismo aprendeu a fabricar anticorpos sozinho.
Agora aos noventa, com o avanço da medicina, faço uso de todos os recursos disponíveis.
Meus últimos exames de sangue e imagem me tranquilizam quanto a essa friagem que anda passando por aqui.
A prevenção continua sendo a chave do sucesso — também quando se trata das doenças provocadas pelas mudanças de temperatura.
*Gabriel Novis Neves
28-05-2025
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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