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opinião Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 10:43 - A | A

Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 10h:43 - A | A

BAR DO BUGRE

ENTRE A GRAMÁTICA E A BOLA

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 
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Como é difícil escrever corretamente em língua portuguesa!

 

Conto com revisores e professores que me ajudam diariamente nos meus textos.

 

Mesmo assim fico em dúvida quando amigos levantam questões sobre o que está certo ou errado.

 

Minha pressão arterial até se altera diante dessas perguntas.

 

Fico imaginando o que passam os estrangeiros que vêm trabalhar por aqui.

 

Quanta confusão aprontam por conta da gramática!

 

E, ainda assim, nossos dirigentes insistem em contratá-los.

 

Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trouxe um treinador italiano para preparar a nossa seleção canarinho para a próxima Copa do Mundo.

 

Os próprios técnicos brasileiros já enfrentam dificuldades para treinar nossos jogadores, vindos de todos os cantos do país, com diferentes níveis de instrução e sotaque diversos.

 

Na época do Garrincha foi preciso contratar um psicólogo para tentar entendê-lo — ou fazê-lo entender a seleção.

 

A conclusão do especialista foi desalentadora: Garrincha não estava habilitado a jogar na seleção.

 

Imaginem se estivesse!

 

Só não foi cortado por insistência dos colegas de clube.

 

Em 1953, quando foi treinar no Botafogo como ponta-direita no time reserva, seu marcador foi ninguém menos que o consagrado Nilton Santos.

 

Após o treino, o craque do Botafogo pediu à diretoria, a contratação imediata do Garrincha.

 

Justificou-se dizendo que não queria ser desmoralizado enfrentando aquele jogador em outro time do Rio.

 

Garrincha jamais compreendeu os ensinamentos dos treinadores brasileiros — e eles, tampouco, a ele.

 

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O resultado?

 

Brasil e Botafogo, campeões do mundo e do Rio.

 

Seu idioma era o futebol —e seu verbo preferido: marcar gols com a bola do seu time nas redes adversárias.

 

Voltando à dificuldade da nossa gramática, nem mesmo os dicionários se entendem.

 

Somos obrigados a ter vários para consultar — e ainda assim, erramos.

 

O Google não é unanimidade, e o escritor segue sempre na corda bamba entre o certo e o duvidoso.

 

Resta-nos manter o estudo constante da língua portuguesa.

 

É a única forma de continuar errando...menos.

 

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*Gabriel Novis Neves

27-05-2025

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

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