Com a posse do novo técnico da seleção brasileira, o italiano Ancelotti, considero encerrado o ano.
Daqui para frente o assunto dominante será o futebol até a próxima Copa do Mundo.
Nesse universo há situações difíceis de compreender.
Se somos, como dizem, os melhores do mundo, por que na agora da convocação, a maioria dos nossos jogadores está espalhada pelos quatro cantos do planeta?
O técnico é estrangeiro, assim como sua comissão técnica.
Os treinadores dos principais clubes brasileiros vêm de Portugal, Argentina, Uruguai...
Nas séries A e B os elencos brasileiros estão repletos de atletas sul-americanos, mexicanos, americanos, europeus, asiáticos e africanos.
Afinal, onde está essa supremacia tão alardeada da nossa seleção?
Como exemplo cito o último campeão brasileiro da série A e da Taça Libertadores da América.
O técnico era português e nenhum dos jogadores da equipe foi convocado pelo técnico italiano.
Que supremacia é essa que perdemos há muitos anos?
Fomos campeões do mundo com jogadores que atuavam em clubes brasileiros treinados por técnicos nacionais.
Era um combinado de craques do Botafogo e do Santos, com alguns reforços, sob o comando de técnicos do Rio e de São Paulo.
A Itália é a terra de santos milagrosos —quem sabe agora também de um técnico milagroso, capaz de transformar o Brasil novamente campeão mundial.
Mas é preciso lembrar: treinar um time é bem diferente de comandar uma seleção nacional.
Conheci jogadores de clubes e de seleção.
E digo: há craques que brilham nos clubes, mas não rendem o mesmo na seleção.
São atletas de equipe, não de camisa amarela.
Talvez aí esteja a explicação para o longo jejum na conquista da Copa do Mundo.
Dos cinco jogadores convocados de um mesmo clube brasileiro, apenas um sempre jogou aqui. Os demais foram expatriados.
Até que ponto um técnico italiano, em fim de carreira, cercado de mordomias jamais vistas em nossa seleção, conseguirá transformar sonho em realidade?
Vamos pagar para ver.
*Gabriel Novis Neves
26-05-2025
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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