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geral Sábado, 19 de Outubro de 2024, 07:46 - A | A

Sábado, 19 de Outubro de 2024, 07h:46 - A | A

CULTIVO DO MAMÃO

Após maracujá, Unemat firma parceria com empresa para variedade de mamão

Redação

 

(Foto: MT Horticultura)

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Após a visita ao Escritório do Parque, a comitiva da Feltrin também visitou o Câmpus Universitário de Tangará da Serra, que possui área experimental de 48 hectares

 

 

A empresa Feltrin Sementes está discutindo um acordo de parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) para a pesquisa e desenvolvimento de uma nova cultivar de mamão.

 

Uma visita oficial ocorreu na segunda-feira (14) no Escritório do Parque Tecnológico de Mato Grosso, em Cuiabá, onde a comitiva da empresa foi recebida pelas equipes da Agência de Inovação (Aginov) da Unemat e representantes do Câmpus Universitário de Tangará da Serra, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (Seciteci-MT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) para discutir parcerias em pesquisa e tecnologia. Após a visita ao Escritório do Parque, a comitiva da Feltrin também visitou o Câmpus Universitário de Tangará da Serra.

(Foto: MT Horticultura)

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Pesquisador, professor da Unemat e coordenador do programa de pesquisa e extensão MT Horticultura, William Krause coordena pesquisas em parceria com a Feltrin Sementes

Durante a reunião, foram discutidos o contrato de transferência de tecnologia para a comercialização da cultivar de maracujá Solar, que integra o Portfólio Tecnológico da Unemat, e o acordo de parceria para pesquisa de uma nova cultivar de mamoeiro, coordenada pelo pesquisador William Krause. Ambas as iniciativas são desenvolvidas pela Unemat em colaboração com a Feltrin Sementes, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fapemat.

 

Pesquisador, professor da Unemat e coordenador do programa de pesquisa e extensão MT Horticultura, William Krause coordena pesquisas em parceria com a Feltrin Sementes que já renderam o cultivar Solar, de maracujá, a primeira transferência de tecnologia da Unemat para uma empresa privada. A partir desta primeira parceria, surgiu o interesse da empresa em desenvolver outras ações, que evoluíram para o programa de melhoramento genético para obtenção de novas cultivares de mamoeiro.

 

“O Brasil é um grande produtor de mamão, mas a maioria das sementes utilizadas são importadas. Então, o Brasil tem essa demanda de novas cultivares de mamão produzidas aqui no País, adaptadas às nossas condições de clima e, também, obviamente, mais produtivas”, explica Krause. “A Feltrin fez um acordo de cooperação técnica com a Universidade, no valor de 353 mil reais, para o desenvolvimento da pesquisa”, disse o pesquisador.

 

Esta pesquisa também foi contemplada pelo Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI), com a aprovação de duas bolsas de doutorado, já em andamento, e mais uma bolsa de doutorado e uma de mestrado, implantadas a partir de fevereiro. “Esta parceria tem gerado frutos não só na pesquisa, mas também no ensino e na pós-graduação”, garante Krause.

 

Gerente de pesquisa e desenvolvimento da Feltrin Sementes, Luis Gustavo de Souza enfatiza que a empresa trabalha de maneira muito forte nesses modelos de parceria público-privada pelo Brasil. “Aqui na Unemat já desenvolvemos esta parceria há mais de cinco anos com o professor William Krause, e o foco da nossa visita é explorar oportunidades e dar um panorama do que está ocorrendo até o momento, mas também de acompanhar o desenvolvimento do programa de mamoeiro”, disse Luis, que explica que esta é uma etapa de acompanhamento. “Estamos avaliando famílias, começando a selecionar e criando os ideótipos e o que serão os híbridos lá no futuro. É um programa de melhoramento genético de longo prazo que, na próxima década, começará a dar seus primeiros frutos e os primeiros materiais comerciais”, conta o gerente.

 

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unemat, Áurea Ignácio, defende que, hoje, o Brasil não pode mais discutir pós-graduação sem discutir interações com empresas. “Não pode existir uma pós-graduação que não se relaciona com a sociedade nas mais diferentes áreas e, nesta área de produção de alimentos, sobretudo de sementes, nós da Unemat estamos cada vez mais nos fortalecendo, com nossos programas de genética, melhoramento de plantas e biotecnologia”, explica a pró-reitora.

 

O diretor político-pedagógico e financeiro do câmpus de Tangará da Serra, Ariel Lopes Torres, reforça que a Universidade precisa continuar com investimentos na sua estrutura de pesquisa. “A Unemat, com apoio do Governo do Estado, entendeu a necessidade de investimento nesta área de pesquisas, com a aquisição da área experimental de Tangará da Serra, com 48 hectares, que beneficia todo este trabalho realizado pelo MT Horticultura”, Ariel também lembra a importância do Centro Integrado de Pesquisa do Cerrado (CIP/Cerrado), construído com fundos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com contrapartida do Governo do Estado e da Unemat.

 

O presidente da Fapemat, Marcos de Sá, assegura que já estão sendo colhidos frutos úteis à sociedade. “Foi um encontro bastante salutar, porque reunimos Governo, Universidade e empresa na mesma mesa, mostrando os resultados e as ações que estamos fazendo em conjunto, ou seja, o recurso aplicado está sendo bastante eficiente”, declarou o presidente.

 

Também participaram da discussão o melhorista da Feltrin Sementes, Otávio Luiz Gomes Carneiro; o diretor da Aginov/Unemat, Fernando Selleri; o secretário adjunto de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação da Seciteci-MT, Rodrigo Zanin; e o diretor técnico do Parque Tecnológico, Rogério Nunes; além de outros integrantes do ecossistema de inovação e pesquisa do Estado de Mato Grosso.

 

*Via assessoria

 

 

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