29 de Junho de 2025

cotações: DÓLAR (COM) 5,48 / EURO 6,44 / LIBRA 7,53

Vitrine do Conhecimento Segunda-feira, 23 de Junho de 2025, 19:00 - A | A

Segunda-feira, 23 de Junho de 2025, 19h:00 - A | A

REVISTA NATURE

Cientistas podem ter descoberto como morcegos evitam o câncer

Redação

 

(Imagem: Wirestock Creators / Shutterstock)

1

 

 

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Rochester (nos EUA) publicaram um estudo na Revista Nature que cita hipóteses de como o organismo dos morcegos evita o câncer. A análise é fundamental porque esses mamíferos voadores têm uma expectativa de vida de até 40 anos.

 

A pesquisa descobriu que inúmeras espécies de morcegos detém um mecanismo fisiológico conveniente: esses animais criam múltiplas cópias do p53, que é uma espécie de ‘gene supressor‘ de tumores.

 

Em outras palavras, quanto mais cópias deste gene existirem, maior será a habilidade do organismo em resistir ao desenvolvimento de tumores cancerosos, visto que as mutações gênicas no p53 estão ligadas a maioria de todos os tipos de cânceres humanos. O estudo pode ser lido na íntegra aqui.

 

Para quem tem pressa:

 

  • Cientistas da Universidade de Rochester (nos EUA) publicaram um artigo importante na Revista Nature;

  • A pesquisa investiga como o organismo dos morcegos os protege do desenvolvimento de câncer;

  • Os achados científicos podem servir de inspiração para, no futuro, serem desenvolvidas terapias medicamentos que aumentem a proteção do corpo humano contra o câncer.

 

Para título de comparação, os humanos têm apenas uma única cópia do gene p53; ao contrário dos elefantes, que resguardam um estoque de até 20 cópias, segundo o Science Alert.

 

Explicando simplificadamente, uma das funções que tornam o gene p53 útil no combate ao câncer é o fato de que ele suprime a reprodução celular (dentro de critérios específicos). O câncer, por outro lado, depende da reprodução celular descontrolada para se espalhar; então, se o p53 previne essa reprodução desenfreada, é muito mais difícil para um câncer se desenvolver.

 

Contudo, o excesso de genes p53 também não é o ideal, visto que isso causaria malefícios ao organismo. Por isso, os morcegos tem uma enzima importante para complementar esta equação: a telomerase.

 

A telomerase age, dentre outras formas, balanceando o poder do gene p53 em parar a reprodução celular: ela permite que as células continuem seu processo de proliferação.

 

Desta forma, o organismo dos morcegos entra em equilíbrio, pois o p53 garante que a reprodução descontrolada de células não ocorra ao passo que a telomerase permite que as células necessárias e saudáveis ainda possam se proliferar numa quantidade adequada. No todo, o gene e a enzima atuam numa parceria para regular a ação um do outro.

 

Estudar este tema também é importante para a evolução dos tratamentos de câncer em humanos: detalhar esse processo do organismo dos morcegos pode, futuramente, servir para o desenvolvimento de terapias medicamentosas que irão desacelerar ou destruir eficientemente as células cancerosas.

 

*Via Olhar Digital

 

 

Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP

Siga a pagina  MÍDIA HOJE no facebook:(CLIQUE AQUI)



Comente esta notícia