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x da questão Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 19:30 - A | A

Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 19h:30 - A | A

'CAÇAR OS PODRES'

Veja lista de monitorados ilegalmente pela 'Abin Paralela'

Redação

 

Foto: Gustavo Moreno/STF/Arquivo

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O relatório final da Polícia Federal sobre a investigação que apura um monitoramento ilegal de autoridades pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou o uso de ferramentas do órgão para espionar uma série de personalidades, como deputados, investigadores e até caminhoneiros.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tirou o sigilo do relatório na quarta (18). A PF indiciou mais de 30 pessoas. Para os investigadores, a Abin foi utilizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para fins políticos e pessoais.

 

A lista de indiciados entregue ao STF inclui o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem — ambos do PL — e o do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa.

 

O esquema de monitoramento irregular ficou conhecido como Abin paralela e mirou também jornalistas. Um dos métodos utilizados para a espionagem irregular era o monitoramento por meio de um software israelense chamado “First Mile”.

 

A tecnologia, da empresa israelense Cognyte (ex-Verint), foi comprada pelo governo brasileiro e usava GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

 

PF afirma que Jair e Carlos Bolsonaro integravam núcleo da ‘Abin paralela’
 
 
 

Monitoramento político

 

O relatório da Polícia Federal atribui a Ramagem o ordenamento do uso do programa “First Mile” para monitorar ilegalmente adversários políticos e críticos do governo.

 

Segundo a PF, o esquema era feito para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Entre os pedidos diretos de Ramagem, estão o monitoramento e ações que buscavam “caçar os podres” de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara e da então deputada Joice Hasselmann, antiga aliada de Bolsonaro que passou a desafeto do ex-presidente. 

 

De acordo com o inquérito, o pedido de monitoramento dessas autoridades partiu da presidência da República e "comprova o viés precipuamente político da ação clandestina". 

 

Ao todo, foram feitas 60.734 consultas de geolocalização, atingindo cerca de 1,8 mil linhas telefônicas. Segundo a investigação, o esquema não seguia nenhum planejamento formal e tampouco tinha registros documentais, o que dificultou o rastreamento das ordens e da cadeia de comando. Além disso, a PF identificou tentativas de apagar os registros eletrônicos (logs) de uso do sistema.

 

Confira a lista dos principais nomes monitorados

 

Poder Judiciário 

 

  • Alexandre de Moraes

  • Dias Toffoli

  • Luís Roberto Barroso

  • Luiz Fux

 

Poder Legislativo

 

  • Arthur Lira (PP-AL), deputado e então presidente da Câmara dos Deputados

  • Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados

  • Kim Kataguiri (União-SP), deputado federal

  • Joice Hasselmann (Podemos-SP), ex-deputada federal

  • Alessandro Vieira (MDB-SE), senador

  • Renan Calheiros (MDB-AL), senador

  • Randolfe Rodrigues (PT-AP), senador

  • Jean Wyllys, ex-deputado federal

  • Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal

  • João Campos de Araújo, ex-deputado federal

  • Paulo Pimenta (PT-RS), deputado federal

 

Poder Executivo 

 

 

  • João Doria, ex-governador de São Paulo

  • Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro

  • Cláudio Bomfim de Castro e Silva, então governador do Rio de Janeiro

  • Orlando Silva, ex-ministro do Esporte

  • Hugo Ferreira Netto Loss, servidor do Ibama

  • Roberto Cabral Borges, servidor do Ibama

  • Christiano José Paes Leme Botelho, auditor da Receita Federal

  • Cleber Homen da Silva, auditor da Receita Federal

  • José Pereira de Barros Neto, auditor da Receita Federal

 

Jornalistas

 

  • Ricardo Noblat

  • Mônica Bergamo

  • Vera Magalhães

  • Reinaldo Azevedo

  • Luiza Alves Bandeira

  • Pedro Cesar Batista

  • José Vitor de Castro Imafuku

 

 
 
*Via G1/Metrópoles
 
 
 
 

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