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x da questão Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 19:00 - A | A

Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 19h:00 - A | A

UM NOVO JUDICIÁRIO

Presidente do TJ-MT admite judiciário "encastelado" no passado e avisa que não aceitará "mordaça"

Redação

Reprodução

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Desembargador Maria Helena, juíz Gonçalo de Barros e a defensora pública Rosana Leite

 

 

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, foi a entrevistada desta semana do PodBedelhar, apresentado pelo juiz Gonçalo 'Saíto' Antunes de Barros Neto.

 

Ao lado da esposa, a defensora pública Rosana Leite, com extensa atividade na defesa dos direitos das mulheres, Saíto conseguiu deixar passar rápido uma entrevista que durou 1h22.

 

De forma alegre e natural,  o casal conversou com Maria Helena Póvoas sobre os desafios da justiça mato-grossense, falou da sua infância na capital, lembrou do seu pai Lenine Póvoas e ainda 'pescou' uma história instigante envolvendo o bisavô da presidente do TJ, Pedro Fernandes Póvoas,  nomeado por D. Pedro II primeiro comandande do Arsenal de Guerra de Cuiabá, hoje Sesc Arsenal.  

 

Maria Helena lembrou que seu bisavô era um mascateiro que ia de barco a Corumbá comprar 'coisas' para vender em Cuiabá. Em uma dessas viagens, disse ela, deflagrou-se a Guerra do Paraguai e Pedro Póvoas jogou fora as compras que fazia e foi à luta. Com o fim da guerra, recebeu a honraria de ser nomeado Major pelo Império, bem como o comando do Arsenal de Guerra local. 

 

Maria Helena falou também durante a entrevista de desafios do Poder Judiciário, como o de ser taxado de 'ativista'. Ela dividiu a responsabilidade por isso aos três Poderes da República.  Foi dura, porém, a qualquer tipo de intervenção, garantindo que o judiciário "não aceitará mordaça". 

 

A presidiente do TJ admitiu ainda que "o Judiciário durante muito tempo se encastelou em um determinado lugar. E levou muito a sério a situação de que nós não podemos dialogar com a sociedade. Nós não só podemos, como devemos".

 

Maria Helena comentou também sobre o projeto Botão do Pânico, implementado com sucesso pelo Tribunal de Justiça e que foi  premiado recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O serviço se transformou em instrumento de proteção rápida a mulheres perseguidas e ameaçadas. "Nós hoje já temos mais de cinco mil mulheres usando o botão do pânico. Já salvamos mais de 200 vidas", disse a desembargadora.

 

Sobre isso, aliás, Maria Helena adiantou que pretende levar ao Pleno do Tribunal nesta quinta-feira (23) uma proposta para se instituir um prêmio estadual no moldes do criado pelo CNJ, garantindo o reconhecimento de boas práticas locais nas mais diferentes áreas. 

 

Quase ao final da entrevista, Rosana Leite, que conduziu com propriedade boa parte da conversa, deixou escapar um 'amor', se dirigindo ao marido Saíto...

 

Visivelmente ruborizada e rindo, a defensora pública disse que se preparou para evitar chamar o marido e apresentador do PodBedelhar com referências íntimas, mas que 'não teve jeito, acabou saindo'. Carinhoso, Saíto retribuiu a gentileza, deixando a conversa com Maria Helena ainda mais agradável. Vale a pena conferir. 

 

 

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