O Palácio do Planalto já foi avisado e o sinal de alerta, disparado. Se já havia apreensão em relação à realização da Copa América no Brasil, o temor de que a competição seja suspensa aumentou muito com a decisão do Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de afastar Rogério Caboclo da presidência da entidade por 30 dias.
Caboclo é acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da CBF. Ele é o principal fiador junto a Bolsonaro para a realização da Copa América no Brasil. O agora presidente afastado da CBF fechou pessoalmente com Bolsonaro a realização do torneio no país, mesmo com a gravidade da pandemia do novo coronavírus.
Durante o período de afastamento de Caboclo, o vice Antônio Carlos Nunes responderá interinamente pela CBF. A grande indagação dentro do Planalto é se ele manterá o acordo fechado entre Caboclo e Bolsonaro, uma vez que jogadores e a comissão técnica da Seleção comandada por Tite se recusam a jogar a Copa América.
O afastamento de Caboclo era esperado e cobrado por vários integrantes da CBF. As acusações contra o dirigente da entidade eram um dos motivos apontados pelos jogadores da Seleção para não competirem pela Copa América. Eles se sentiram desprestigiado por Caboclo, que acertou tudo com Bolsonaro sem consultá-los, além de proibi-los de dar entrevistas depois dos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo.
A tensão também é grande na Granja Comari, onde a Seleção está hospedada. Os jogadores foram comunicados do afastamento de Caboclo do comando da CBF, fato que foi comemorado, mas o pensamento ainda dominante é de que o Brasil não deve participar da Copa América devido à situação sanitária do país.
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