O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, 3, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) use tornozeleira eletrônica.
O partido alega que Bolsonaro, processado por trama golpista após as eleições de 2022, representa um "risco concreto à ordem institucional". A solicitação também argumenta que o ex-presidente agiu como "catalisador de retórica antidemocrática" e continua a demonstrar "periculosidade processual".
Entre as justificativas, o PT cita a saída do País de aliados próximos ao ex-presidente, como os casos do filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que permanece nos Estados Unidos, e da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que foi para a Europa mesmo após ser condenada pelo STF e agora está foragida com alerta vermelho da Interpol.
O partido menciona também o episódio em que Bolsonaro telefonou para o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) às vésperas do depoimento do ex-vice-presidente no STF. A ligação --que motivou a PGR a pedir e obter da Corte a marcação de nova oitiva-- levantou suspeitas de tentativa de influência sobre o testemunho. Mourão deverá esclarecer se houve qualquer pressão para alterar sua versão dos fatos.
O PT argumenta que esses fatos, somados à capacidade financeira de Bolsonaro e à sua rede internacional de apoio, trazem risco de fuga ou possível tentativa de obstruir a investigação
O texto feito por Lindbergh diz que "a tornozeleira eletrônica é um mecanismo legítimo de fiscalização da permanência do réu em território nacional, sem que isso represente violação à sua dignidade ou presunção de inocência".
O líder do PT na Câmara afirmou ainda que "diante da fragilidade dos mecanismos atuais", como a retenção do passaporte de Bolsonaro, "urge pela adoção de medidas cautelares mais eficazes".
O pedido será analisado pelo ministro relator do caso no Supremo, Alexandre de Moraes.
*Via Terra
Confira vídeo do líder petista:
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