Clauber Cleber Caetano/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro discursa em evento no Palácio da Alvorada
"Preocupado com a recente aproximação de Luiz Inácio Lula da Silva com lideranças do agronegócio, o presidente Jair Bolsonaro expôs na semana passada suas duas apostas para anular a ofensiva política do petista. No discurso que fez na reunião com representantes do agronegócio de Mato Grosso, no Palácio do Alvorada, na última quarta-feira, Bolsonaro deixou claro que vai explorar o temor do MST e a indefinição sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas."
A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Segundo Malu, Bolsonaro deu ordem para que seus aliados “descarreguem votos” para o Senado em Mato Grosso no bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT), que busca mais um mandato, contra o deputado federal Neri Geller (PP), que também concorrerá a uma vaga no Senado."
A colunista lembra que o agronegócio responde por ¼ do PIB brasileiro, é majoritariamente bolsonarista, mas que há uma insatisfação com os rumos do governo com a China, principal parceiro comercial do Brasil.
O clima de constante tensão com a China, aliás, vem sendo criticado por Geller e pelo senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT) e servindo de munição para justificar apoio a Lula.
Malu Gaspar disse que Bolsonaro aproveitou a reunião com apoiadores do Estado para concentrar-se nos dois pontos que mais preocupam os produtores rurais.
"No caso do MST, segundo relatos obtidos pela coluna, o presidente afirmou que, nos governos FHC e Lula, a média de invasões de propriedades rurais era de uma por dia, e hoje teria despencado para quatro por ano. Em outra frente, reforçou a artilharia contra o ministro Edson Fachin na questão do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que está pendente no Supremo Tribunal Federal."
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