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Vitrine do Conhecimento Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 09:49 - A | A

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MOSQUITO COMO VACINA

Além de sugarem seu sangue, mosquitos podem te vacinar, diz estudo

Redação

 

Freepik

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Uma nova ideia pode transformar mosquitos, conhecidos por espalhar doenças, em aliados da medicina. Pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine desenvolveram uma vacina transmitida por picadas dos insetos. E resultados são animadores: a vacina teve 90% de eficácia nos testes em pessoas.

 

Em vez de ver os mosquitos apenas como parasitas, os cientistas enxergaram potencial no inseto para ser uma maneira natural de distribuir vacinas. E o mais incrível: não precisaram modificar geneticamente os mosquitos para isso.

 

 

O estudo focou no parasita Plasmodium falciparum, o mais perigoso para os humanos por causar malária. Normalmente, esses parasitas usam os mosquitos da espécie Anopheles para se esconder nas glândulas salivares dos insetos. Quando o mosquito pica alguém, o parasita entra no corpo da pessoa.


A equipe de pesquisadores modificou geneticamente o parasita P. falciparum para que ele agisse como uma vacina, liberando substâncias que preparam o sistema imunológico humano para se defender da malária no futuro.

 

Os resultados dos testes impressionaram os pesquisadores. Dos 23 voluntários que participaram dos experimentos, 89% das pessoas que receberam o parasita modificado GA2 não pegaram malária quando foram expostas novamente aos mosquitos com o parasita original.

 

Essa abordagem não só pareceu eficaz, como também segura. Isso porque teve poucos efeitos colaterais além da coceira das picadas.

 

Próximos passos

 

Mosquitos em rede
Produzir mosquitos com vacinas embutidas leva tempo e é caro (Imagem: frank60/Shutterstock)

 

Por enquanto, não há planos para liberar mosquitos modificados na natureza. E produzir esses insetos ainda leva tempo e é caro.

 

No entanto, os pesquisadores acreditam que essa técnica tem grande potencial para oferecer vacinas em áreas onde a malária é comum, especialmente em regiões com poucos recursos de saúde.

 

O estudo, publicado no The New England Journal of Medicine e repercutido pela revista Nature, pode abrir caminho para novas pesquisas e parcerias para combater a malária de forma inovadora.

 

*Via Olhar Digital

 

 

 

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