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variedades Sexta-feira, 19 de Agosto de 2022, 12:12 - A | A

Sexta-feira, 19 de Agosto de 2022, 12h:12 - A | A

INCLUSÃO

UFMT realiza recepção de estudantes quilombolas

Assessoria

 

 

A Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Prae), em parceria com o Coletivo Negro Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e representantes da comunidade quilombola, realizou nesta sexta-feira (19) a recepção dos calouros quilombolas, ingressantes pelo processo seletivo específico do Programa de Inclusão Quilombola (Proinq).

 

O evento, além de dar boas-vindas aos novos estudantes, foi marcado por conselhos, mensagem de apoio e reforço sobre a importância da coletividade.

 

“Resistência é um projeto; e um projeto deve ser composto por uma série de ações. Não estamos aqui hoje porque um de nós resolveu fazer algo. Nós fazemos parte de uma estratégia secular de resistência. Séculos atrás, nossos mais velhos estavam pensando estratégias para criar a democracia brasileira. Anos atrás, nossas mulheres estavam sofrendo a violência da sociedade para não saírem de seus lugares e não desistirem de seus sonhos. E não tem como fazer um projeto sem apoio do coletivo”, disse a pesquisadora Zizele Ferreira dos Santos, Presidente do Conselho de Políticas de Ações Afirmativas.

 

Do território Quilombola Vão Grande – de onde vieram alguns dos alunos ingressantes na UFMT – a professora Maria Helena Tavares Dias falou sobre seu sentimento vendo seus alunos ingressando no ensino superior.

 

“Essa conquista começou lá atrás, quando soubemos que de um universo de cinco mil alunos da UFMT, só um se auto declarava quilombola, mas nśo sabemos que esse espaço é um direito nosso, que deveríamos estar aqui há muito tempo. Então aqueles que estão aqui hoje vão incentivar outros a vir e vão encher esse lugar”, afirmou.

 

Para o estudante Vinicius Brasilino, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o novo formato do Proinq é um exemplo para o Brasil sobre como fazer políticas de ações afirmativas de verdade. “Inclusão está no coração dessa política. É o objetivo principal. Hoje, os estudantes quilombolas podem ingressar na UFMT com a nota e a média de seu histórico escolar do ensino médio. Isso significa um reconhecimento dos saberes construídos nas escolas quilombolas e nas comunidades”, completou.

 

Representando o Coletivo Negro da UFMT, a estudante Lupita Amorim explicou o objetivo do grupo e convidou os ingressantes a fazerem parte do mesmo. “O coletivo negro se encontra todas as segundas-feiras, às 17h, no Instituto de Educação, para falar de nossa viviência, para momentos culturais, de formação política e científica e sobre denúncias de racismo. É um lugar de apoio e suporte”, concluiu.

 

O Proinq disponibilizou 145 vagas para estudantes quilombolas via processo seletivo específico para os cursos da UFMT.

 

 

 

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