Os atos e fatos na vida de quem decide para uma coletividade são estruturados no pensar Psicossocial de ter que decidir sobre uma opção em detrimento de outra, o que se denomina “Trade-offs”, cujo sucesso requer outra ação econômica racional, a qual analisa se o mais barato é a melhor opção para a satisfação da ação demandada e é denominada de “Pensando na Margem”.
Governantes e Gestores de Grandes organizações agem nesta gangorra social em seus atos de decidir no cotidiano.
Explicando melhor, Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como "perde-e-ganha" e Pensar na margem significa avaliar os custos e benefícios de unidades a mais ou a menos.
Não é uma decisão do tipo tudo ou nada.
A grande dificuldade e talvez aquilo que mais se exige do economista-gestor é saber identificar quais são as alternativas relevantes, cujos valores serão sacrificados em uma dada escolha. Em função destes comportamentos psicossociais, seus efeitos coletivos causam nos Governos de segundo mandatos, até mesmo no final de 1º mandatos, dependendo do sucesso ou não destes, o fenômeno do esvaziamento político causado pelo chamado “fogo amigo” onde os políticos eleitos governistas, percebendo as mudanças nos eixos do poder e com reflexos na coletividade, começam a buscar seus voos próprios e isolam o Governante, pensando e agindo em suas futuras composições e projetos políticos.
Chega a hora das decisões exigentes de mais massa cinzenta e estratégica.
Seja horizontal ou vertical, cada movimentação social gera decomposições. São nestes momentos que a História registra se foi eleito o estadista ou o baixo clero, exigindo conhecimento além do achismo, mas, sim com teor científico. As vezes perder em quantidades pode ser ganho em qualidade.
Governante sentado em sua jaula de cristal, cercado de assessores que aplaudem tudo com boas intenções, pode levar o príncipe a ser, no futuro, um General nu e sem comandados.
Não agindo conforme o pensamento na margem, não há que lamentar a perda do melhor candidato que se torna o mesmo que Injetar sangue veia de defunto.
Usando de analogia, conta uma história do consumidor que foi ao supermercado comprar uma caixa de cerveja para comemorar o seu aniversário. Ao chegar lá, havia dois tipos de caixa de cerveja: uma caixa com 12 garrafas ao preço de $18 e uma outra com 24 garrafas ao preço de $24. O consumidor-economista ficou analisando, e ao seu lado havia um garoto-propaganda da cerveja que estranhou o fato deste ficar pensando sobre qual caixa levar e então lhe falou: “O preço médio da garrafa na caixa com 24 é menor do que o da caixa com 12”.
De fato, na caixa com 24 o preço médio da garrafa era $1, ao passo que na caixa com 12 era de $1,50. Ele respondeu que sim, que era verdade, mas não era nisso que ele estava pensando: “Eu estou tentando ver se vale a pena levar 12 garrafas extras por $6”. Os $6 pago a mais (custo marginal) compro outro produto (bata frita, amendoim, espetinho, etc.) que acompanharia a cerveja.
Isso é o que significa pensar na margem.
De igual proporção, o Governante tem que optar em qual melhor decisão deve tomar. Assim são os governantes em seus segundo mandatos.
Não basta ser um bom gestor das finanças se não for um bom estrategista nas decisões políticas. São os detalhes do “Pensando na Margem”. Um superávit esplendoroso ou uma política salarial adequada com um superávit menor? Assim são os fatos. Um aumento qualitativo ou quantitativo dos salários? Quem são os mais importantes no quadro de pessoal do Estado? Uma política salarial dos Órgãos de apoio da Economia de Vantagens comparativas absolutas, como é o caso do Agronegócio no Brasil, em detrimento uma má Remuneração dos Profissionais de TI, que é o seguimento com maior destaque na economia mundial, é como comprar 24 cervejas a $1 e sem os acessórios de Batata Frita, Amendoim, etc. para degustar o momento desejado do “Pensando na Margem”.
O processo de desenvolvimento econômico deve ocorrer com equilíbrio nos diversos setores que o compõe, caso oposto, teremos uma BMW numa Rodovia com predominaria de carros com menor potência (Fuscas, Gol, etc.) e a velocidade do carrão-BMW terá que ser a mesma dos demais carros.
Numa “margem bem avaliada, ” é possível fazer a gestão sem perder o “capital político, ” com sucesso. Para isso, faz-se necessário que seja aplicado alguns princípios pisco-econômicos já comprovados, os quais se complementam numa equação de decisões que, além dos supramencionados, agregam-se também o princípio de que “Pessoas Reagem a Incentivos”, e este consiste no fato de quem tomam decisões sempre comparando os custos e os benefícios, esperando sempre ganhar na escolha, no entanto, segundo Prêmio Nobel da Economia 2002, Daniel Kahnemam, psicólogo, comprovou que os agentes econômicos não são tão racionais quanto se pressupõe, pois são fortemente influenciadas por emoções, crenças e intuições que os levam a decisões equivocadas. As vezes são necessárias prejuízos para a aprendizagem. Afinal estamos sempre aprendendo.
A estes princípios poderiam ainda ser agregados as “políticas econômicas dos mercados; padrão de vida do povo e produtividade; oferta, demanda e política de Governo; eficiência dos mercados”, os quais fariam deste artigo um tanto enfadonho, e embora necessários para escolhas racionais e duradoras, não os explicaremos neste artigo.
Este é um fato ocorrido na última eleição para Prefeito de Cuiabá MT. A rigorosidade fiscal, somada à certas descortesias de governantes ao conjunto do funcionalismo público, somaram na derrota do favorito em detrimento do não favorito ao Palácio Alencastro.
Sem entrar em denominações por questões legais e éticas, fica aí uma observação aos governantes de plantão: Governar numa democracia requer ações de estadista que pensa no todo e em equilíbrio.
Muitas vezes, o Governante sentado em sua jaula de cristal, cercado de assessores que aplaudem tudo com boas intenções, pode levar o príncipe a ser, no futuro, um General nu e sem comandados.
Pensar nisto não é crítica, é estratégico.
Sobre os princípios acima mencionados, destaco que quem raciocinou, escreveu e defendeu tais princípios não foi Karl Marx, foram os Economistas Liberais Carl Menger, Leon Walras e Willian Jevons nas escolas liberais austríacas e britânicas.
*JOSÉ MARQUES BRAGA é economista. Empregado Público Estadual.
*Os artigos são de responsabilidade seus autores e não representam a opinião do Mídia Hoje.
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Solange 26/09/2023
Parabéns ????????????????????????
1 comentários