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opinião Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 08:06 - A | A

Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 08h:06 - A | A

HOSPITAL CENTRAL

A obra que renasce das cinzas

*FRANCISCO DAS CHAGAS ROCHA

 

Foto arquivo público de Mato Grosso

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Iniciada em 1984, na gestão do então Governador Frederico Campos, a construção do Hospital Central do Estado de Mato Grosso representava um marco ambicioso na área da saúde pública. Projetado para ser uma referência em atendimento médico, especialmente nas especialidades de pediatra, obstetrícia, cardiologia e cirurgias de alta complexidade, o Hospital teve suas obras interrompidas apenas três anos depois, em 1987, mergulhando em longo período de abandono e descaso.

 

Durante décadas, o esqueleto de concreto localizado no Centro Político e Administrativo (CPA), em Cuiabá , permaneceu como símbolo de promessas não cumpridas e de lentidão histórica na implementação de políticas públicas estruturantes.

 

Na década de 1990, ainda durante o Governo Jayme Campos, as reportagens destacavam o avanço físico de 80% da obra , mas já previam que o Hospital só seria entregue no ano seguinte. Havia a expectativa de que o Hospital Central abrigasse. 150 leitos , incluindo uma unidade de terapia intensiva (UTI) com 18 leitos. O Centro cirúrgico segundo as matérias, seria um dos mais modernos do Estado.

O hospital Central, renascido das cinzas de décadas de promessas não cumpridas

 

O Hospital foi apontado, à época, como o mais funcional já construído, com estrutura para clínicas por andar, atendendo múltiplas especialidades.

 

Entretanto, as promessas se arrastaram por décadas. Somente em novembro de 2019 o projeto foi retomado com um novo edital lançado pelo Governo do Estado, e em outubro de 2020, mais de 30 anos após o lançamento original, o contrato para reinício das obras foi oficialmente assinado.

 

O ressurgimento do Hospital Central representa não apenas a retomada da obra física, mas também a reconstrução de uma esperança antiga da população mato-grossense.

 

O hospital Central, renascido das cinzas de décadas de promessas não cumpridas, se encaminha finalmente para se tornar o equipamento público de saúde de alta complexidade que a população mato-grossense tanto aguardou - um símbolo de perseverança, reconstrução e, acima de tudo, de justiça social.

 

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*Francisco das Chagas Rocha é membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT).

 

 

 

 

Acesse Cuiabá de Antigamente

 

 

 

 

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