Numa tarde de segunda-feira, com leve queda de temperatura e sem nada a fazer, resolvi contar quantas crônicas tenho para publicar.
Assustei-me com o número: 172!
Poderia ter procurado outra forma de ajudar o tempo a passar.
Aguardo nova consulta com o oftalmologista para aumentar o grau das minhas lentes.
Tenho livros que me interessam, mas as letras miúdas me impedem de avançar na leitura.
Os aplicativos bancários também dificultam o trabalho com suas letras microscópicas.
Escrevo numa tela ampliada, acoplada ao meu notebook.
E é assim que passo os meus dias.
Interessante é que o cotidiano ainda me inspira a escrever.
Tenho receio de repetir, principalmente os títulos das crônicas.
Sempre pesquiso no blog Bar do Bugre quando surge alguma dúvida.
Mesmo assim, notei que uma crônica escrita ontem tem o título idêntico ao de outra publicada em 2013 — embora com tema completamente distinto.
Um colega da universidade sugeriu que eu diversifique os assuntos, para não me tornar repetitivo.
Escrevo para mim e alguns amigos leitores.
Ao verificar as estatísticas de acesso ao blog, percebi que meus leitores não se interessam por textos sobre futebol e política.
Preferem biografias, histórias de Cuiabá, sua gente e manifestações culturais.
As crônicas sobre nosso carnaval, festas religiosas e personagens históricos sempre tiveram muito acesso.
Sinto prazer em escrever, como agora, numa tarde tranquila.
É como se meus dedos deslizassem pelo teclado, à procura da palavra exata para encaixar na frase.
Penso no jogo de damas — simples como meus textos.
O xadrez exige mais: atenção, raciocínio e controle emocional para movimentar cada peça no tabuleiro.
Aprendi a jogar xadrez na casa do meu avô, antes mesmo de ser alfabetizado.
Pratiquei por muitos anos esse nobre esporte, até abandoná-lo por não suportar a derrota.
Hoje, descobri uma companhia leve e fiel para meu envelhecimento: escrever sobre o cotidiano.
*Gabriel Novis Neves
09-06-2025
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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