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Um show musical exclusivo só para vacinados em Cuiabá, anunciado na última segunda-feira (08) foi cancelado pelos organizadores. O motivo seria a chegada de variantes da cepa do novo coronavirus. Para o advogado Danilo Gaiva, presidente da comissão de saúde da OAB-MT, o evento é discriminatório ao permitir apenas participação de pessoas que já receberam a vacina contra a doença.
"É discriminatório porque nem todas as pessoas tiveram acesso a vacina, não porque não querem, mas porquê é uma limitação da distribuição pelo poder público. Começa a se criar uma casta de pessoas", explica Gaiva.
O show estava marcado para o dia 25 deste mês, no Buffet Leila Malouf, com apresentação do cantor e ator Daniel Boaventura. Mesmo com permissão só de pessoas vacinadas, segundo a organização, só seria permitida a permanência no local com o uso de máscara.
O presidente da Comissão da OAB ressalta ainda que as vacinas criadas até agora, apesar de eficientes, não garantem 100% de proteção, apenas diminuem os efeitos provocados pela doença e não impede a transmissão para terceiros. "Já existem países com
mais mais de 40% da população vacinada e que ainda vem sofrendo novas ondas da pandemia. Ao meu ver, em virtude de uma boa intenção, de salvar vidas, a gente começa a tornar a reiterar das pessoas a liberdade. E o que fundamenta a democracia é a liberdade. E por isso é discriminatório", argumenta.
Em nota, a organizadora afirma que "achou por bem adiar o evento para uma nova data". "Mediante a essa situação a produção que não tinha colocado ainda a venda de ingressos, vai aguardar os índices caírem. A empresa não pode colocar em risco o público, a equipe de trabalho no evento, fornecedores, assim como os artistas Daniel Boaventura, e Sandro Bacelar com suas equipes. Esperamos em muito em breve realizar o primeiro evento só pra vacinados do Brasil."
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Flavio 09/06/2021
Então impedir que alguém entre sem máscara tbm é discriminação, pois muitos não tem como comprar máscara. Vc cancelar porque aumentou os casos esta certo. Mas dizer que é discriminação, então vamos liberar para as pessoas que não tem condições de comprar máscara entrarem sem máscara na OAB. Impedir o direito de ir e vir de quem não tem máscara é a mesma coisa
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