O ministro da Educação, Abraham Weintraub, esteve em Cuiabá nesta quinta-feira (5) para discutir a militarização das escolas públicas. Ainda no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi recepcionado com protestos por um grupo de trabalhadores e estudantes da UFMT e do IFMT.
Os manifestantes percorreram o aeroporto chamando o ministro, com faixas, bandeiras e palavras de ordem. Os participantes são contra o contigenciamento de recursos na educação e também ao plano proposto pelo MEC para a Educação Básica, que prevê, entre as diversas medidas, a implementação de 108 escolas cívico-militares em todo o país até 2023.
Vale destacar que especialistas na área afirmam que há aspectos positivos na proposta, mas criticam o fato de o governo priorizar a implementação de escolas cívico-militares em detrimento de outras questões mais urgentes, como a valorização de professores.
“Nós estamos aqui porque a UFMT está para fechar. A reitora comunicou uma série de medidas para reduzir os custos, tentando protelar o fechamento da universidade. Nós viemos aqui denunciar isso, além de receber o ministro e dizer que nós não aceitamos o desmonte da Educação. Nenhum país se desenvolve sem pesquisa; 90% das pesquisas no Brasil são realizadas nas universidades públicas que estão para fechar. O Future-se institucionaliza a corrupção na medida em que as empresas privadas serão escolhidas sem licitação, e terão maior poder sobre a Educação do que o próprio MEC. Contratar OS [Organizações Sociais] é beneficiar milícia”, disse a professora da UFMT, diretora da Associação dos Docentes (Adufmat-Ssind), Lélica Lacerda.
Após as intervenções dentro do aeroporto, os manifestantes seguiram até a lateral de acesso aos hangares. Lá, encontraram o ministro e passaram o recado (confira o vídeo): “não à privatização. Educação não é mercadoria”.
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