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geral Quarta-feira, 26 de Março de 2025, 17:01 - A | A

Quarta-feira, 26 de Março de 2025, 17h:01 - A | A

'NÃO ENTREGA'

Estudo revela que 65,7% dos módulos solares não geram a energia prometida pelas empresas

Redação

 

Freepik

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A qualidade dos painéis solares caiu nos últimos anos, e essa mudança pode comprometer a eficiência energética em larga escala. Em 2024, a TÜV Rheinland revelou que 65,7% dos módulos fotovoltaicos testados tinham desempenho inferior ao prometido pelos fabricantes. Em 2015–2016, esse número era de somente 28,3%.

 

O dado vem de um estudo de longo prazo que avaliou 519 módulos de 17 fabricantes. A constatação acende um alerta para o setor de energia solar, especialmente para os grandes parques solares que dependem do desempenho ideal dos módulos para garantir retorno financeiro e eficiência ambiental.

 

Cada módulo com potência abaixo do especificado representa uma perda. Multiplicado por milhares de unidades, o prejuízo pode ser significativo. Esse desvio impacta diretamente a produção de energia e o retorno sobre o investimento dos projetos solares.

 

Solução móvel para testes de painéis solares em campo

 

Para enfrentar o problema, a TÜV Rheinland desenvolveu uma solução prática: o Mobile Solar Lab. Trata-se de um laboratório portátil que permite avaliar os módulos diretamente no local onde estão instalados. Com isso, evita-se o transporte dos equipamentos para laboratórios fixos, reduzindo custos e emissões.

 

O laboratório móvel consegue analisar até 150 módulos por dia. Essa capacidade possibilita validar rapidamente grandes quantidades de equipamentos, acelerando o comissionamento de parques solares e garantindo maior controle de qualidade desde o início.

 

A inspeção em campo também elimina a necessidade de desmontagem dos painéis, representando uma vantagem operacional importante. O processo é mais ágil, mais limpo e reduz os riscos associados ao manuseio e transporte dos equipamentos.

 

'Fake Power'

 

Além dos problemas de fabricação, é crescente também  no mercado a presença de módulos fotovoltaicos conhecidos como “fake power” – que não entregam a potência esperada conforme estipulado no datasheet . E isso vem causando grande preocupação entre profissionais do setor de energia solar. 

 

O aumento da presença destes módulos no mercado, segundo especialistas, está relacionado à concorrência acirrada no setor. O preço destes painéis é bem abaixo do praticado no mercado.

 

A economia inicial, porém, poderá ser uma grande fonte de dor de cabeça no futuro já que os projetos que usam este tipo de módulo terão um desempenho ruim, resultando em prejuízos a longo prazo. 

 

 

O termo 'fake power' é utilizado para indicar um produto comercializado com uma etiqueta de 550 W, mas que na verdade é um módulo de 500 W. 

 

Segundo o Canal Solar, especializado no assunto, um ponto a destacar é que, embora esses módulos tenham passado pelos processos de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), os testes de avaliação são feitos em poucas amostras destes produtos, comumente chamadas de “golden samples” (da tradução livre: amostras de ouro – uma alusão ao fato de serem amostras especiais, feitas somente para passar nos testes de certificação) e o problema de qualidade real só se revela na operação da usina, que utilizará módulos da linha de produção em massa, que não foram testados.

 

*Com Clik Petróleo e Gás e Canal Solar.

 

 

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