17 de Março de 2025

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economia Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2024, 06:47 - A | A

Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2024, 06h:47 - A | A

"ÚNICA COISA ERRADA"

Lula manda novo recado e diz que BC é "irresponsável" ao aumentar taxa de juros

Redação

 

Ricardo Stuckert/PR/Arquivo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou as críticas ao Banco Central e diz que a condução da política monetária com seguidas elevações da taxa de juros é uma "irresponsabilidade". "A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros todos os dias", diz Lula em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no domingo, 15.

 

"A única coisa errada nesse País é a taxa de juros, que está acima de 12%", afirmou Lula. " Essa é a coisa errada. Não há nenhuma explicação. É uma inflação totalmente controlada. A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros todo dia. Não é do governo federal. Mas nós vamos cuidar disso também."

 

 

Na última quarta-feira, 11, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) em um ponto porcentual, de 11,25% para 12,25% ao ano, em decisão unânime. Um dos votantes foi o próprio Gabriel Galípolo, indicado por Lula para suceder Roberto Campos Neto no comando do BC no próximo ano.

 

Galípolo corre o risco de ter de elevar a Selic para um patamar superior ao que foi praticado no auge do mandato de Campos Neto, no qual a Selic chegou a 13,75%. Com a piora dos ativos brasileiros nas últimas semanas, a leitura dos economistas é de que o cenário ficou bem mais delicado desde o encontro do Copom de novembro. Agora, na avaliação deles, o País terá de passar por um processo ainda mais duro e longo de alta da taxa básica de juros.

 

Nessa mesma conversa ao Fantástico, Lula também enviou mensagem ao mercado e afirmou que "ninguém tem mais responsabilidade fiscal do que ele". "Ninguém nesse País, do mercado, tem mais responsabilidade do que eu. Não é a primeira vez que eu sou presidente da República", disse. "Não é o mercado que tem que se preocupar com os gastos do governo. É o governo."

 

Lula também afirmou que o Congresso Nacional tem a primazia na decisão do que entrará ou não no pacote de corte de gastos. "O pacote foi mandado para o Congresso Nacional, e o Congresso tem soberania para mudar as coisas. Se votar alguma coisa que eu possa mudar, eu posso mudar. Mas eu não vou puder mudar", disse.

 

O presidente também disse que se reunirá com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, depois dos exames que serão feitos na quinta-feira, 19, para definir o que poderá ser feito no texto da regulamentação da reforma tributária, que passará pelo crivo final da Câmara dos Deputados.

 

"Essa proposta aprovada pelo Senado e vai voltar para a Câmara. Quando eu voltar, a partir de quinta-feira vou conversar com as pessoas e vou ver o que a gente pode fazer. O que a gente não quer é aumento de tributo", disse.

 

Lula recebeu alta hospitalar no domingo, 15, mas precisará ficar em São Paulo até quinta-feira, quando será realizada uma nova tomografia. Se não houver resultados negativos no exame, ele poderá voltar para Brasília. Nos próximos dias, o presidente não pode realizar exercícios físicos que demandem mais esforços e fazer viagens internacionais.

 

 

*Via Conteúdo Estadão

 

 

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