A federalização de aproximadamente 400 km da Transpantaneira, que liga Poconé (MT a Corumbá (MS), voltou a entrar na pauta de políticos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No ano passado, o assunto foi levantado pelo deputado federal Emanuelzinho (PTB), mas ele desistiu da proposta depois da repercussão negativa junto a ambientalistas, donos de pousadas e guias de turismo em Mato Grosso.
O tema voltou à baila agora em uma reunião realizada no dia 12 de maio deste ano em Corumbá (MS) com as presenças dos senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Wellington Fagundes (PL-MT). O encontro foi organizado por vereadores corumbaenses, que pediram ações contra novos incêndios no Pantanal. A federalização da Transpantaneira integrou a pauta de reivindicações.
E o interessante é que o pedido também foi 'endossado' pelo secretário de Turismo de Poconé, Manoel Pereira Leite, o Dodô, segundo registro do site Diário Online. “O trecho mato-grossense ainda não é de responsabilidade do governo federal e, atualmente, a estrada, em períodos de chuva, fica intransitável”, teria comentado Dodo durante a reunião, informando que o percurso abrangeria 127 pontes e cimento e 37 pousadas.
Depois de Emanuelzinho, quem deve liderar a nova discussão de federalização, pelo jeito, é o deputado federal Vander Loubet (PT/MS). Ele participou da reunião em Corumbá. “Os dois governos em épocas anteriores já sinalizaram o interesse e, agora, vamos buscar esse projeto, porque encurtar distâncias, favorecer o corredor bioceânico por Murtinho”, declarou o parlamentar.
“Os vereadores nos pediram hoje para a retomada desse antigo sonho, vamos buscar o entendimento entre os dois governadores de MS e MT e com o governo federal”, comentou o senador Nelsinho Trad.
Lideranças em Mato Grosso são contra a federalização porque entendem que ela abre o caminho para o asfaltamento imediato da Transpantaneira.
"Falar em federalizar é falar em asfaltar. Totamente inviável isso para o ecossistema pantaneiro", avaliou uma liderança, em uma discussão em um grupo de whatsapp, no ano passado, assim que Emanuelzinho tentou discutir o assunto. "Vamos organizar uma reunião para dar uma resposta. Nem todo mundo aceita isso não... Vamos mostrar fotos de atropelamentos (de animais)...Vamos mostrar o que pode acontecer com o nosso Pantanal", alertou outro, na oportunidade.
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