Na contramão da lógica sobre índice de acidentes, a prefeitura de Várzea Grande está anunciando a retirada de 10 pontos de radares fixos de velocidade. A meta, segundo a prefeitura, é remover 36 equipamentos ao longo dos próximos meses. Como justificativa para a decisão, o Executivo varzea-grandense diz que os motoristas já foram educados, nos dois anos de radares, e que haverá uma economia mensal de mais de R$ 158 mil com as retiradas. Os equipamentos serão devolvidos à empresa responsável.
"Os pontos que estão sendo desativados já cumpriram sua função educativa e punitiva ao longo dos últimos dois anos", traz material informativo da prefeitura.
A própria prefeitura admite que o número de acidentes caiu após a implementação dos radares. “Na Avenida Doutor Paraná, por exemplo, teve uma redução de 62,5% nas infrações de trânsito de 2023 a 2024”, pontua o coordenador de Mobilidade Urbana, Cidomar de Arruda.
Ou seja, os radares deram resultado.
A prefeita Flávia Moretti (PL) diz que a ação visa uma estratégia mais ampla de modernização e diversificação dos mecanismos de fiscalização e controle de tráfego, visando maior efetividade nas ações de prevenção de acidentes e promoção da mobilidade segura. “Nossa ação também é pelo clamor popular. Andando por Várzea Grande, como sempre faço, escuto muitos pedidos para essa retirada. Vamos fazer aos poucos de forma cronológica, segura e estratégica”, conta Moretti.
As perguntas que não querem calar:
As mortes, acidentes e danos públicos causados por excesso de velocidade nas vias de Várzea Grande a partir da retirada dos radares, se ocorrerem, vai ser de responsabilidade de quem?
E quanto será que custará para a saúde de Várzea Grande o aumento do número de acidentes, se isso ocorrer?
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