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variedades Quarta-feira, 17 de Agosto de 2022, 07:00 - A | A

Quarta-feira, 17 de Agosto de 2022, 07h:00 - A | A

RINGUE ELEITORAL

Por que a campanha de Bolsonaro teme mais Renata do que Bonner

Blog Sala de TV

 
Elegante sempre, enérgica quando necessário, Renata Vasconcellos deixa assessores inseguros
Elegante sempre, enérgica quando necessário, Renata Vasconcellos deixa assessores inseguros
Foto: Blog Sala de TV

 

A Globo começou a veicular nos intervalos a chamada para a semana de entrevistas com quatro presidenciáveis. Na segunda-feira (22), Jair Bolsonaro vai abrir a série comandada por William Bonner e Renata Vasconcellos, no estúdio do Rio. 

Comentaristas da GloboNews apuraram com assessores próximos do presidente que a maior preocupação não é o cara a cara com Bonner, a quem Bolsonaro critica frequentemente e xingou de “sem-vergonha” e “maior canalha”. 

O maior temor é o presidente ser grosseiro com Renata. Um comportamento equivocado poderia ser interpretado como machista e afetar o esforço da campanha em reduzir a rejeição que ele tem no eleitorado feminino, visto como imprescindível para determinar o vencedor nas urnas em outubro.

 

Na sabatina de 28 de agosto de 2018, Bolsonaro e a âncora tiveram um confronto com repercussão negativa para ele. 

Contestado por dizer que, caso fosse empregador, não pagaria a uma mulher o mesmo salário de um homem em igual função, o então candidato citou a diferença de ganhos entre os dois apresentadores do ‘Jornal Nacional’. 

“Eu tô vendo aqui uma senhora e um senhor. Não sei ao certo, com toda certeza há uma diferença salarial aqui”, disse. “Parece que é muito bom (melhor) pra ele do que para senhora”, disse. 

Ao ser citada, Renata Vasconcellos demonstrou desconforto e fez questão de responder. “O meu salário não diz respeito a ninguém, e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria ganhar um salário menor que o de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”, afirmou. 


A jornalista ressaltou ainda que, como contribuinte, ajudava a pagar o salário do parlamentar. Bolsonaro retrucou acusando a Globo de receber “bilhões de recursos da propaganda oficial do governo”. Posteriormente, Bonner leu uma nota desmentindo a afirmação do entrevistado. 

 

No auge da pandemia, quando o presidente apelidou a emissora da família Marinho de “TV funerária” por destacar as mortes por covid-19, se referiu à apresentadora de maneira pejorativa. Disse que ela fazia “cara de freira arrependida” quando anunciava os óbitos todas as noites.

 

A equipe do presidente teme que, desta vez, as perguntas mais contundentes, capazes de tirar Bolsonaro do sério, sejam feitas por Renata e ocorra um novo enfrentamento prejudicial à imagem dele e ao esforço para atrair o voto das mulheres.

 
 
 
O então candidato na sabatina com os âncoras em 2018: confronto rendeu boa audiência
O então candidato na sabatina com os âncoras em 2018: confronto rendeu boa audiência
Foto: João Cotta/TV Globo

 

Há quatro anos, a presença do candidato da direita rendeu ao telejornal a média de 31,4 pontos na aferição da Kantar Ibope. Nos últimos meses, o ‘JN’ raramente marca acima dos 26 pontos. Há expectativa de que a entrevista com o presidente gere recorde de público. 

Na terça (23), Bonner e Renata receberão Ciro Gomes. O ex-presidente Lula será o convidado na quinta (25). Simone Tebet vai encerrar a série na sexta-feira (26).

 

 

 

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