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política Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022, 14:50 - A | A

Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022, 14h:50 - A | A

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

Radicais não se abalam com ida de Bolsonaro aos EUA: “Parte do plano”

Metrópoles

 

Hugo Barreto/Metrópoles

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A cinco dias do fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL) começam a circular duas informações que poderiam acabar com o suposto golpe de Estado sustentado por radicais: a de que o presidente viaja nesta quarta (28/12) para a Flórida, nos Estados Unidos, e a de que ele nomeou os assessores que lhe prestarão serviços no ano que vem, quando deixar o cargo. Mas perfis bolsonaristas em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens transformaram os reveses em peça de um suposto plano golpista.

 

 

Desde a derrota de Bolsonaro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de outubro, bolsonaristas radicais tentam estimular um golpe de Estado para reverter o resultado da eleição. Buscando esse objetivo, grupos bloquearam estradas e montaram acampaamentos na porta de quartéis das Forças Armadas país afora. No episódio mais grave até agora, um frequentador do ato em frente ao Quartel General do Exército em Brasília tentou explodir um caminhão de querosene no Aeroporto da capital federal.  

 

 

O presidente derrotado não se engajou em tentativas de questionar a eleição, mas seu silêncio desde a derrota tem servido de estímulo a esses apoiadores radicais. Agora, com a notícia de que o presidente deve mesmo viajar para o exterior (fato que seus militantes vinham tratando como “fake news da imprensa esquerdista”), começaram a circular mensagens em áudio e texto apontando que a ida aos EUA não é um impedimento para o golpe, mas “parte do plano”.

 

Uma mensagem em texto que circula em grupos monitorados pela reportagem diz que o general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro, teria ido ao Pentágono, comando militar dos EUA, e sido informado de “um plano internacional de assassinato do Bolsonaro”. A consequência seria que “por tal razão ele não deve permanecer no Brasil”.

 

 

Tem sido espalhado também mensagens de áudio dizendo ainda que o presidente precisa “colocar sua esposa e filha a salvo no exterior antes de agir”.

 

Sobre a nomeação dos assessores para o futuro ex-presidente, também há uma explicação divulgada inicialmente por um perfil bolsonarista no Twitter e depois replicada nos grupos: “Se houver uma intervenção pelo artigo 142 da Constituição, o presidente da República ficará afastado por um período da presidência. Então, nomear sua equipe técnica é natural”, diz o texto. “Deve-se observar que alterações contidas no mesmo Diário Oficial deram super poderes ao Ministério da Defesa, GSI e AGU. Segue o plano”, completa o texto.

 

 
 

Veja registros feitos pela reportagem nas redes bolsonaristas nesta terça-feira (27/12):

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