Dados apurados pelo economista Vivaldo Lopes mostram que ao contrário do que muitos acreditavam, o endividamento da prefeitura compromete pouco mais de 4% da sua receita líquida, muito abaixo da média de outros municípios. "Os números da gestão de Rondonópolis são muito bons, em nível de excelência, e isso chama investimentos", disse Lopes.
O estudo foi apresentado na noite de sexta-feira (3), no clube dos Bancários de Rondonópolis, durante o lançamento do movimento 'O futuro Já Começou', do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Cerca de 400 pessoas participaram do evento.
Organizado pelo prefeito Zé Carlos do Pátio e pelo presidente do Sanear (Serviço de Saneamento de Rondonópolis), Paulo José, o evento reuniu vereadores e vários pré-candidatos de 11 partidos que compõe as chamadas 'forças progressistas' de Rondonópolis: PSB, PP, PSD, Avante, Solidariedade, PMB e as federações PT/PV/PCdoB e Rede/Psol.
O secretário-executivo do Miinistério da Agricultura, Carlos Augustin (PT), que também é pré-candidato a prefeito pelo PT e visto como provável candidato a vice de Paulo José, considerou importante a discussão sobre os números da economia de Rondonópolis, bem como o planejamento de ações que projetem o futuro do município. "Continuamos trabalhando com o presidente Lula para trazer recursos. São várias frentes. Agora mesmo estamos conversando com o dono de um grande frigorífico e aviário. Eles virão aqui agora em maio aqui na cidade avaliar as condições, as possibilidades, mas é assim que precisamos agir, olhando para frente", ponderou.
Gestão eficiente
Segundo a conclusão do levantamento realizado por Vivaldo Lopes, a prefeitura aplicou cerca de 21% da sua arrecadação em 2023, de um total de pouco mais de R$ 1,4 bilhão, o que demonstra a sua eficiência fiscal. “A média de 2016 para cá era de 18%. Isso significa que de tudo que ela arrecada, ela paga a folha (salarial dos servidores), paga as despesas, paga o custeio da cidade e ainda sobra dinheiro para investir na melhoria da qualidade de vida da sua população. Só para se fazer um comparativo, o Governo de Mato Grosso bate no peito e diz para o Brasil inteiro, e ele é reconhecido como um bom administrador, ele investe 15%. Nesse quesito, o prefeito é melhor que o governador”, apontou.
Em contrapartida, a administração municipal gastou cerca de 4% da sua receita líquida anual, que é tudo o que o Município arrecada, deduzidos os repasses constitucionais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outros, com o pagamento de dívidas contraídas com instituições financeiras. “Isso significa que o Município tem baixíssimo endividamento. Eu sou educador financeiro e se uma pessoa ou empresa gasta até 10% do seu faturamento com alguma dívida parcelada, está de bom tamanho. Aqui se compromete só 4%, o que é mais que bom, é excelente”, afirmou Vivaldo Lopes.
Ele ainda presentou dados que apontam que todos os gestores municipais a partir do ano de 2001 fizeram dívidas para serem quitadas pelos seus predecessores e que esse dinheiro nunca pôde ser usado para fins como folha de pagamento dos servidores. “É normal que se deixe uma dívida para os próximos gestores pagarem. E nenhum dos gestores anteriores foi irresponsável com isso e fizeram o que era necessário naquele momento para fazer investimentos. A prefeitura desembolsou em 2022 R$ 67 milhões para pagar parcelas da dívida. Em 2023, desembolsou R$ 88 milhões, só que isso para uma receita de quase R$ 1,5 bilhão. Esses números não mentem”, completou.
O economista, que além de professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), já foi Secretário de Estado de Finanças e Secretário de Finanças da capital Cuiabá, anotou ainda que o estoque devedor, ou seja: o total de dívidas junto a instituições financeiras ao final de 2023 era de R$ 364 milhões para serem pagos nos próximos 30 anos.
De acordo com a Resolução nº 40, de 2001, do Senado Federal, a partir de 2016 as dívidas consolidadas líquidas não poderão ser superiores a 200% das receitas correntes líquidas, no caso dos estados, ou a 120%, no caso dos municípios. “Isso quer dizer que é legal ter dívida até 20% acima da receita líquida, ou seja: daria para se ter uma dívida de até R$ 1,8 bilhão sem infringir a lei. Rondonópolis deve muito pouco e não precisa de muito para entender isso”, concluiu Vivaldo Lopes.
'O Futuro já Começou'
Além de avaliar as conquistas do município como a eficiência na gestão fiscal, o movimento 'O Futuro Já Começou' irá realizar uma série de encontros até o próximo mês de julho. "A ideia não é apenas avaliar o que já fizemos, mas principalmente ouvir as mais diferentes vozes de Rondonópolis sobre o município que queremos ter", infomou Paulo José.
O prefeito Zé Carlos do Pátio falou a respeito do nome escolhido para o Movimento. “Nossa cidade passou por enormes avanços nos últimos anos e hoje em dia é uma referência em termos de administração municipal. Diversos serviços públicos que são problemas em outras cidades aqui já foram resolvidos. Hoje já temos serviços como a coleta e destinação do lixo urbano universalizados, assim como a água e o esgoto, além das creches para todas as famílias que precisam. Estamos muito perto de universalizar o asfalto também. Então, o que outras cidades ainda vão conquistar, nós já conquistamos. Para nós, o futuro já começou e agora o que temos que fazer é continuar avançando”, externou.
Paulo José Correia também reforçou o bom momento que a cidade vive. “Nós começamos a planejar ações para Rondonópolis em 2008 no primeiro plano de governo nosso. E o resultado é que nesse momento a cidade está preparada, pronta para o futuro. Unidos com os partidos progressistas, que têm um alinhamento de pensamento sobre a gestão da cidade unificado. E unidos, vamos começar a partir de hoje ouvir a população, porque um governo voltado para atender ao povo, tem que começar ouvindo o povo para montarmos um plano de governo que contemple os anseios de toda a população”, afirmou.
*Com assessoria
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