O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como o chefe da organização criminosa que planejou um golpe de Estado e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com o relatório apresentado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o inquérito, o ex-mandatário exerceu o papel de "chefe" da trama golpista, com suas ordens permeando "todos os núcleos" da conspiração, conforme detalhado no documento de mais de 800 páginas, informaram nesta sexta-feira a Folha e a CNN Brasil.
O objetivo da organização criminosa, composta pelo ex-presidente e outras 36 pessoas, entre elas 25 militares, era "manter Bolsonaro no poder".
O líder de extrema direita tinha influência sobre todos os grupos ou "núcleos" que operavam nas seguintes áreas: desinformação e ataques ao sistema eleitoral, incitação aos militares, jurídico, operacional, medidas coercitivas e inteligência.
De acordo com o relatório, que permanece sob sigilo, o ex-governante transitava por todos os núcleos, mas "atuou diretamente" na área de desinformação e questionamento do sistema eleitoral, promovendo denúncias falsas sobre supostos riscos de fraude nas urnas eletrônicas, que contaram com a participação do Ministério da Defesa.
Indiciado por abolição do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão caso seja condenado.
BOLSONARO REAGE
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e reagiu, ainda na quinta-feira (21), após aparecer na lista dos 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição presidencial, em 20222
Segundo o cacique do PL, "o ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa". "Faz tudo o que não diz a lei", criticou, em entrevista ao jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
*Via Ansa
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