Ah juventude, saudades dos desafios,
tempos de enfrentamento, desligamento.
Época em que minha pena, penava.
Poesia era contestação,
reclamar em alegorias, letras fugidias.
- “Num cavalo alado percorrendo horizontes
nascerá poeta, poetisa rabiscando novos cantos
que não levem a dias duros,
nem desabrochem em ditas duras”.
- “Não vem general, não vem coronel.
Sai pra lá! Sai pra lá!...
Sai pra lá?
Sargento, unguento, porrete.
Pau na arara, matraca, matraca, delatora.
Fichado, aloprado, clandestino sem destino
Sai pra lá, corte o trecho que vem cana”.
Ah, desafios, desatino...
Abre a mala, mostra a mochila, agora é assim,
polícia quer revirar sua carteira - é o fim!
Minha mochila não tem nada,
não sobrou nada,
Mas a cuca é como lata de sardinhas,
azeitada,
sardinhas da marca ladainha, ladainha.
Sai pra lá, corre polícia,
lá vem o ladrão da sua mente.
*(Américo Corrêa)
*Os artigos são de responsabilidade seus autores e não representam a opinião do Mídia Hoje.
Nossas notícias em primeira mão para você! Link do grupo MIDIA HOJE: WHATSAPP
Siga a pagina MÍDIA HOJE no facebook: (CLIQUE AQUI)