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opinião Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 06:17 - A | A

Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 06h:17 - A | A

DIVERGÊNCIA

Um PoeMeu mundano

*AMÉRICO CORRÊA

 

1

 

 

 

Diz aquele filósofo, para muitos maldito,
Que para recuperar-se de si...
Que para se esquecer por tempos...
O homem busca falsos artifícios.

 

 

Entre estas falsificações, estaria a poesia,
por onde flanam errantes os poetas.

 

 

Triste sina dos filósofos,
essa tal de racionalidade !
Tenho desses sedentários muita pena.

 

 

O peso do exercício da própria razão
traz à essa rudeza de vida desamparada,
que não permite a diferença de olhares
e nos adesiva a pecha de rebanho.

 

 

Qual mal viver com esses doces artifícios
Esses desejados dotes e doses de arte.

 

 

De que me valem os olhos,
e os ouvidos
se não tenho como ver e ouvir
o que fabrico em sonho ?

 

 

O que motiva o desejo ?
E que arde a carne ?
E que corrompe a alma ?
Senão a incontida vontade de ser além de si

 

 

Em farsa criada, seja a vida seja a arte,
Nem só se recupera, talvez se perde.
Nem sempre só se esquece, também encontra.

 

 

Ora, pois, está lançada a divergência
Criar poeticamente a vida o mundo a sina
É sim, humano, demasiadamente mundano.

 

 

1

 

*(Américo Corrêa)

 

 

 

 

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