Certos dias, ao sentar-me em frente ao computador para escrever, sinto que tudo está um tanto ou quanto chato, especialmente após percorrer as notícias do dia.
A sensação que tenho é de que o mundo caminha sozinho. Os líderes parecem estar sempre viajando, apenas para gastar dinheiro.
Como são caras essas viagens presidenciais, geralmente para países distantes, às vezes apenas para posar para uma foto, como se fosse um troféu!
Quanto mais pobre o país, mais numerosa é a comitiva.
Isso ocorre no Poder Executivo —presidente e ministros.
Já os membros do Poder Legislativo —deputados e senadores —, participam de todas as reuniões possíveis pelo planeta.
Por sua vez, os representantes do Poder Judiciário —ministros dos Supremos Tribunais — preferem os hotéis luxuosos das capitais dos países do primeiro mundo.
Só com a economia gerada ao evitar essas viagens desnecessárias, resolveríamos o problema da habitação popular no Brasil.
A elite brasileira vive muito bem, embora cercada de perigos por todos os lados.
Basta ver as exigências feitas pelo novo técnico da seleção brasileira de futebol, um europeu.
Absurdas para um país em desenvolvimento!
Nem os proprietários de multinacionais possuem as regalias que ele desfruta — uma ofensa ao povo brasileiro.
O antigo esporte das multidões, o futebol, tornou-se privilégio de poucos.
A cada dia, diminui o público que comparece às arenas — os antigos estádios de futebol.
Com os salários dos jogadores de futebol nas alturas, morando em palacetes, com frotas de carrões inacreditavelmente caros, jatinhos e iates, o preço dos ingressos equipara-se aos de shows de estrelas internacionais.
E todos os estados brasileiros possuem suas arenas, muitas vezes mais de uma.
Grande parte dos treinadores dos principais clubes são estrangeiros, especialmente portugueses e argentinos.
Raros são os times que não contam com jogadores de países sul-americanos, mexicanos, americanos, europeus, asiáticos ou africanos.
Durante o período em que morei no Rio de Janeiro, o Brasil era um exportador de jogadores de futebol.
Naquela época, ganhávamos Copas do Mundo com treinadores brasileiros.
Hoje, até o futebol está chato.
*Gabriel Novis Neves
13-05-2025
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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