O delegado José Carlos Damian informou, na segunda-feira (5), que a mulher suspeita de atropelar e matar o estudante Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa, de 21 anos, na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A TV Centro América não conseguiu informações sobre a defesa dela. Ainda conforme o delegado, ela deve prestar depoimento na quinta-feira (8) e deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, omissão de socorro e fuga de local do acidente.
O atropelamento aconteceu na sexta-feira (2). A vítima estava em uma distribuidora de bebidas, quando se aproximou de um veículo que estava estacionado e foi atingido pelo carro dirigido pela suspeita. A velocidade do veículo deve ser apontada pela perícia.
Também na segunda-feira, o dono do carro, o servidor público Diogo Ferreira Fortes, de 33 anos, se apresentou à Polícia Civil. Contou que ele e a suspeita, que são amigos, estavam em uma lanchonete e, quando voltavam para casa, houve o acidente. Porém, acreditavam que haviam batido em um dos veículos estacionados na avenida.
Segundo contou, ele estava no banco do passageiro e ela dirigia o veículo.
“Com receio de parar à 1h30 em uma distribuidora onde tinha muitas pessoas alcoolizadas, decidiram ir para casa. Ele a levou e fez 12 ou 13 ligações para o Ciops. Então, houve o interesse em saber se foi algo com alguém. Na hora da batida, não foi possível identificar”, disse o advogado que representa Fortes, Jonatas Peixoto.
Por volta das 2h, conforme a defesa, quando deixou a amiga em casa, percebeu que algo grave havia acontecido, já que o carro estava com o para-brisa e um vidro lateral quebrados. Foi quando teria ligado para a polícia.
No outro dia, ao deixar o plantão, o servidor foi à distribuidora para saber o que tinha acontecido e foi informado sobre o acidente, apontou o advogado.
Diogo Pereira Fortes, dono do carro que atropelou estudante na Av. Beira Rio, em Cuiabá, se apresentou à polícia. — Foto: Thiago Andrade/TV Centro América
Participação
Fortes deve responder pelo crime de mera conduta, ou seja, permitir que outra pessoa conduza o veículo sem CNH. Segundo o servidor, ele não emprestou o carro e a amiga decidiu dirigir sem autorização dele.
O servidor é vigia noturno da Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, que abriu processo administrativo para apurar a conduta. Ele deveria, segundo a pasta, estar no trabalho no momento do acidente.
A defesa dele alegou que ele estava em horário de intervalo e havia saído do local de trabalho para fazer um lanche.
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