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geral Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024, 06:00 - A | A

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AUTODETERMINAÇÃO

Espanha é condenada por forçar transfusão de sangue em mulher testemunha de Jeová

Redação

 

Freepik

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 Tribunal Europeu de Direitos Humanos condenou Espanha por transfusão de sangue sem consentimento

 

 

A Espanha foi condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos a indenizar uma mulher testemunha de Jeová que recebeu uma transfusão de sangue contra a sua vontade. 

 

Os juízes da corte internacional apontaram que o país violou o direito à vida privada e à liberdade de religião, ambos garantidos pelos artigos 8º e 9º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos. 

 

 

No caso concreto, a equatoriana Pindo Mulla sofria com um mioma uterino. Ao se tratar, ela assinou um documento em que se recusava formalmente a receber transfusões de sangue. Contudo, em uma emergência os médicos identificaram a necessidade de fazer uma transfusão de sangue mesmo sem autorização da paciente. 

 

Um juiz autorizou a transfusão das intervenções médicas para salvar a vida da mulher. Ela foi submetida a uma histerectomia e necessitou de três transfusões de sangue.

 
 
 

A mulher então acionou o Tribunal Internacional de Direitos Humanos contra a Espanha. A Grande Câmara da corte entendeu que as autoridades espanholas não respeitaram o direito à autodeterminação e à liberdade religiosa. 

 

Por fim, o Tribunal Internacional de Direitos Humanos decidiu condenar a Espanha a pagar R$ 73,6 mil por danos morais, além de R$ 86 para reembolsar as despesas judiciais da paciente.

 

No Brasil

 

O Plenário do Supremo Tribunal Federal julga desde o último dia 19 de setembro se testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue e se o Sistema Único de Saúde (SUS) deve providenciar e ampliar progressivamente tratamentos alternativos. O placar final foi de 10×0 pela liberação da recusa.

 

Acompanharam os ministros Luiz Roberto Barroso e Gilmar Mendes, relatores do processo, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Dias Toffoli, que está em licença, não votou.

 

Os dois processos têm repercussão geral (Temas 952 e 1.069) e envolvem pessoas que professam a religião das testemunhas de Jeová. 

 

 

*Via Conjur

 

 

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