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geral Segunda-feira, 05 de Agosto de 2024, 19:18 - A | A

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2024, 19h:18 - A | A

SEM SOLUÇÃO

Edmundo González se autoproclama presidente da Venezuela

Redação

Reprodução/You Tube

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Em um movimento que acirra a crise política na Venezuela, Edmundo González, adversário de Nicolás Maduro na eleição presidencial, se autodeclarou presidente eleito da Venezuela nesta segunda-feira (08/05), em carta publicada em suas redes sociais.

 

Assinam a carta González e Maria Corina Machado9, líderes da oposição que tiveram seus direitos políticos cassados ​​pela Suprema Corte do país e não puderam ser candidatos contra o presidente. A oposição contesta o resultado da eleição desde o dia da votação, em 28 de julho.

 

 

"Nós ganhamos essa eleição, sem dúvida alguma. Foi uma avalanche eleitoral, com uma organização cidadã admirável, importadora, democrática e resultados irreversíveis. Agora, cabe a nós fazer a voz do povo ser respeitada. Deve-se, de imediato, proclamar Edmundo González Urrutia presidente eleito da Venezuela", diz a carta.

 

Urrutia afirmou ter conseguido 67% dos votos no pleito da semana passada e que Maduro teve 30%, de acordo com uma apuração independente. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral venezuelano, anunciou a vitória do presidente Nicolás Maduro, mas ainda não divulgou as atas eleitorais , o que motivou críticas e pressão internacional sobre a falta de transparência do processo eleitoral.

 

A oposição denunciou que a CNE não chegou às atas de votação aos seus fiscais, como determinou a lei, e que os números oficiais contradizem os dados das atas obtidas por representantes que compareceram à maioria dos locais de votação, assim como os resultados das pesquisas independentes de boca de urna e das contagens rápidas realizadas no dia das eleições.

 

Aparelho da Justiça eleitoral e repressão

 

A CNE é comandada por aliado do presidente venezuelano e atribuiu um suposto ataque cibernético a demora no sistema de contagem de votos.

 

A segunda reeleição de Maduro foi homologada pela CNE, chefes de Estado, lideranças internacionais e entidades de fiscalização eleitorais questionaram os resultados com base nas quantidades de abusos cometidos pelo líder chavista — de perseguição de opositores ao comparecimento dos órgãos do Judiciário.

 

Países como Estados Unidos, Peru, Argentina, Uruguai, Costa Rica, Equador e Panamá decidiram considerar González como presidente eleito no país.

 

A oposição realiza protestos , reprimidos com violência. Cerca de 2.000 pessoas já foram presas e há relatos de onze civis mortos, segundo a Human Rights Watch.

 

Urrutia pede na carta que o presidente reconheça a derrota e cesse a repressão violenta nos protestos contrários ao governo e pediu que "militares e policiais se colocassem ao lado do povo e de suas próprias famílias".

 

Segundo o candidato, os relatos de urnas adulteradas, a intimidação de participantes e a manipulação dos resultados não deixaram outra alternativa senão a carga presidencial, em defesa do que ele chama de "vontade legítima do povo venezuelano".

 

O governo de Nicolás Maduro, por sua vez, repudiou rapidamente a declaração de González, classificando-a como uma tentativa de desestabilizar o país.

 

Em um comunicado oficial, o governo afirmou que as eleições foram conduzidas de forma transparente e que o resultado reflete a verdadeira vontade do povo venezuelano.

 

Maduro, que busca permanecer no poder em meio a uma crise econômica e social profunda, enfatizou que qualquer tentativa de deslegitimar o processo eleitoral será tratada como uma ameaça à soberania do país.

sf (sem)

 

*Via DW

 

 

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