Apenas no mês de novembro, o resultado contábil foi negativo em R$ 1,6 bilhão.
O termo "déficit" significa que o gasto somado dessas estatais foi maior que a receita que elas conseguiram gerar. Essa diferença pode ser coberta pelo caixa das próprias empresas ou pelo Tesouro Nacional (o caixa central do governo).
O resultado total do ano ainda não foi fechado, mas o rombo até novembro indica que esse será o pior resultado contábil das estatais na série histórica.
A comparação começa em 2009, há 15 anos, quando o cálculo mudou para desconsiderar grandes empresas federais como Petrobras e Eletrobras. Elas saíram do indicador porque têm regras diferenciadas e se assemelham a empresas privadas de capital aberto.
Em nota divulgada sobre o tema no fim de outubro, o Ministério da Gestão e Inovação ressalvou que:
*A estística calculada pelo BC inclui, além das estatais federais, empresas públicas de estados e municípios;
*Algumas estatais federais lucrativas, como a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa não entram nesse cálculo;
*Parte desse resultado negativo tem a ver com investimentos que foram capitalizados em anos anteriores - ou seja, com a execução de obras e serviços usando o dinheiro poupado anteriormente -, e por isso não seria necessariamente 'prejuízo';
*O superávit (resultado positivo) em anos anteriores foi resultado, em grande parte, de aportes do Tesouro para investimento, ou seja, tambémm veio do caixa central do governo.
"No ano em que há o recebimento desses recursos, o resultado primário tende a melhorar substancialmente. No entanto, como os projetos de investimentos são normalmente de longo prazo, eles se distribuem ao longo dos anos subsequentes, gerando déficits sucessivos até a conclusão do projeto em questão", afirmou o ministério na nota de outubro.
As empresas estatais federais são aquelas que pertencem ao governo federal. São mais de 100 e atuam em diversos setores, como infraestrutura, telecomunicações e agropecuária.
Desde o "déficit histórico" em 2009, as estatais conseguiram superávits devido a aportes de governos anteriores, como o de Michel Temer, que injetou R$ 5 bilhões em 2018, e o de Jair Bolsonaro, que destinou R$ 10 bilhões em 2019, resultando em superávit de R$ 14 bilhões.
*Via G1
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