O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empaer, Gilmar Brunetto, o Gauchinho, vem denunciando há dias que pequenos produtores de Mato Grosso estão sendo prejudicados com a falta de recursos na área de investimento do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar).
Segundo Gauchinho, muitos agricultores investiram em melhoria de pastagens, criaram estruturas de ordenhas e manejo, mas agora veem seus projetos parados em diversas instituições financeiras aguardando recursos do governo federal.
"(...) Tá faltando comprar agora o principal, que é a vaca. Antes, tinha vaca e não tinha comida. Agora tem a comida e não tem a vaca (...)", reclama Gauchinho, que gravou vídeo em um dos tantos projetos da agricultura familiar para aquisição de matrizes leiteiras que vem sendo prejudicados pela falta de recursos do Pronaf. (VER VÍDEO ABAIXO)
A reclamação tem procedência. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu o Pronaf Investimento, destinada à aquisição isolada de matrizes, reprodutores, animais de serviço, sêmen, óvulos e embriões no âmbito do Plano Safra 2021/22, por causa “do nível de comprometimento de recursos”.
Desde que o ano-safra 2021/22 se iniciou, em 1º de julho, o BNDES vem anunciando a suspensão temporária de novos pedidos de financiamento de várias linhas de crédito rural por causa do esgotamento dos recursos disponíveis.
Anteriormente, segundo matéria veiculada no Estadão, outros programas também tiveram novos pedidos de crédito bloqueados.
No dia 13 de setembro, foi a vez do Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga). No dia 6 de setembro, foram três linhas: Pronaf Custeio – exclusivamente para operações com taxa de juros prefixada de até 4,5% ao ano -; Programa ABC (agricultura de baixo carbono), exclusivamente para operações com taxa de juros prefixada de até 7% ao ano, e, finalmente, do Pronamp Investimento (linha voltada ao médio produtor rural).
BNDES suspendeu a linha Pronaf Investimento. Foto: Embrapa/Divulgação
Segundo o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo, além do BNDES, o Plano Safra 2021/22 é executado “por inúmeras instituições, tanto públicas quanto privadas”.
“Pode ter tido algum problema específico no BNDES (em relação à suspensão de linhas de crédito subsidiado), mas já foi resolvido”, mencionou. “O fluxo está constante; estamos com muita demanda e daqui a pouco vai ter mais recurso”, garantiu Camargo, sem, porém, dar mais detalhes.
Parece que há uma distância entre a fala do secretário e o que, de fato, acontece no campo.
Na vida real, os pequenos produtores estão aguardando recursos não apenas do BNDES, mas de todas as instituições financeiras envolvidas com o programa.
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