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x da questão Terça-feira, 30 de Agosto de 2022, 07:00 - A | A

Terça-feira, 30 de Agosto de 2022, 07h:00 - A | A

RACHA NA IGREJA

Fake news, fogo amigo e justiça eleitoral: a disputa por votos na Assembleia de Deus em MT

Redação

Reprodução

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Pastor José Wellington Costa Júnior, presidente das Assembleias de Deus no Brasil

 

Mais 'fogo no parquinho' das igrejas Assembleia de Deus em Mato Grosso. A disputa pelos votos dos mais de 300 mil membros da igreja tem provocado denúncias na justiça sobre fake news e despertado uma 'guerra interna' sobre quem, de fato, tem o apoio da Igreja. 

 

Essa 'guerra' ganha mais um capítulo agora. E vem do líder maior da Igreja no Brasil.

 

Vídeo divulgado nas redes sociais mostra o pastor José Wellington Costa Júnior, presidente das Assembleia de Deus no Brasil, declarando apoio à reeleição do deputado Sebastião Machado Rezende (UB). Confira vídeo abaixo. 

 

Rezende e o também candidato à reeleição, deputado Thiago Silva (MDB), vem travando uma guerra não muito silenciosa pelos votos da Igreja. Ambos, membros da Assembleia de Deus, têm em comum terem base eleitoral em Rondonópolis. O apoio de lideranças importantes vem sendo disputado com unhas e dentes. 

 

Recentemente, Sebastião Rezende ganhou na justiça ações para retirada de postagens na internet em que o presidente Jair Bolsonaro pediria para não votar em  'fichas sujas'. A postagem associa a fala, negativamente, à imagem de Rezende. 

 

Assessores do deputado veem digitais de pessoas ligadas a Thiago Silva e até a uma outra ala da Igreja, liderada pelo vereador cuiabano Marcrean Santos, nos ataques. Marcrean seria um dos coordenadores da campanha de Júlio Campos (UB) à Assembleia. 

 

Mas se não bastassem nomes de fora da igreja tentando buscar votos e apimentando a guerra interna dos candidatos, a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa de quadros da Assembleia de Deus vai muito além de Sebastião Rezende e Thiago Silva. Além dos dois, entre outros nomes fortes colocados na disputa estão Irmã Vilma, Jakson Messias e Cláudio Paisagista.

 

A 'guerra' para deputado federal também está 'causando' alvoroço nos bastidores da Igreja.

 

O ex-vereador e candidato derrotado a prefeito da capital, Abílio Brunini (PL), é candidato à Câmara Federal, mas está longe de reinar sozinho. Tem como 'adversários internos' o ex-deputado Victorio Galli e Camila Silva. Pra piorar a vida de Abílio, o racha da igreja se estendeu à família. Seu primo, Raphael Brunini (Pros), também é candidato.

 

Para o Senado, oficialmente, o apoio da Igreja é para Kassio Coelho (Patriota) e, para o governo, pastor Marcos Ritela (PTB). Sabe-se, porém, que é um apoio meio para inglês ver.  

 

Oficialmente, a Convenção de Ministros da Assembleia de Deus, presidida pelo pastor João Agripino de França, divulgou documento em 20 de junho deste ano declarando apoio  a Sebastião Rezende, Abílio Júnior, Victório Galli e Kássio Coelho. E só! 

 

Silas tenta segurar disputas

 

Para tentar evitar a 'guerra' política dentro da Igreja, o pastor presidente da Assembleia de Deus em Cuiabá e região, Silas Paulo de Souza, divulgou comunicado no último dia 24 de agosto, onde pede que os pastores não façam campanhas dentro da igreja.

 

"É proibido fazer o uso de seus serviços para a realização de quaisquer atos relacionados à campanhas de candidatos", traz o comunicado. Foi taxativo: "Caso demonstrem interesse em apoiar atos de natureza política, deverão deixar seus cargos à disposição de seus superiores". (Confira o documento abaixo)

 

Pelo jeito, o puxão de orelhas de nada adiantou.

 

Até o dia 02 de outubro o bicho promete pegar dentro das Assembleias de Deus.

 

 

 

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