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variedades Quinta-feira, 26 de Setembro de 2019, 08:00 - A | A

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NOBEL

Líder ianomami é premiado com Nobel alternativo por sua atuação na Amazônia

Davi Kopenawa acusa Jair Bolsonaro de governo de querer explorar colonizar as reservas indígenas; Greta Thunberg também é laureada

VEJA

 O líder ianomami Davi Kopenawa, que luta desde os anos 1980 contra o garimpo ilegal: 'a mineração não trará nada de bom para meu povo' - 25/09/2019 (Luke MacGregor/Reuters)

O líder ianomami Davi Kopenawa, conhecido por denunciar o garimpo ilegal nas terras de sua tribo, em Roraima, está entre os quatro ganhadores Right Livelihood 2019, uma premiação sueca alternativa ao Nobel. O anúncio deu-se nesta quarta-feira, 25, e foi justificada pela “corajosa determinação de Kopenawa em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas”. A ativista do clima Greta Thunberg também foi uma das premiadas.

“É resultado da luta durante mais de 20 anos. Foi uma energia muito boa para continuar protegendo e preservando a natureza e nosso povo”, disse Kopenawa, fundador e presidente da Hutukara Ianomami.

O anúncio do prêmio veio no dia seguinte do discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que reiterou sua posição contrária à ampliação das terras indígenas demarcadas e de autorizar a exploração econômica das reservas. Bolsonaro mencionou especificamente as riquezas na área ianomami.

“Não tenho medo dele (do Bolsonaro). Estou preocupado pelo estrago que ele pode causar. Estou preocupado com a destruição do rio, com a morte dos peixes, que prejudiquem nossa saúde, que derrubem a floresta”, alertou Kopenawa.

“O governo de Bolsonaro quer explorar e colonizar a terra ianomami, ele quer permitir mineração na terra ianomami e na Raposa Serra do Sol. A mineração não trará nada de bom para o povo ianomami”, acrescentou.

Kopenawa foi premiado pela ONU com o prêmio Global 500, em 1989, por seus esforços em favor da preservação ambiental. Em 2010, escreveu A queda do céu, livro que trata os esforços dos ianomami  contra a invasão de suas terras, que foram epicentro da mineração ilegal nos anos 1980.

A ativista Greta Thunberg, de 16 anos, conquistou o prêmio “por inspirar e ampliar as demandas políticas por urgente ação climática que reflete fatos científicos”.

 

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