O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a BrazilFoundation fizeram uma parceria para monitorar a biodiversidade na região da Serra do Amolar, uma das áreas mais preservadas do Pantanal em Mato Grosso do Sul. A pesquisa utiliza "armadilhas fotográficas" (câmeras traps) colocadas estrategicamente na região de mata para observar a rotina dos animais do bioma.
“Com os levantamentos, vamos determinar hotspots, locais que concentram alta biodiversidade e presença de espécies bioindicadores preestabelecidas. Outro objetivo nosso, durante as pesquisas, é listar as espécies de aves migratórias e apontar qual o período de ocorrência delas na região”, explica Grasiela Porfírio, coordenadora do monitoramento.
A coordenadora técnica do IHP, Angélica Guerra explica que será monitorada a ocorrência das espécies, além de identificar as áreas sujeitas a alterações antrópicas e também a sazonalidade de processos ecológicos nas áreas da Rede Amolar.
“Com esta parceria, pretendemos contribuir para a proteção da biodiversidade do Pantanal, aumentando a área de proteção efetiva em torno do parque nacional e fortalecer as ações nas áreas protegidas da Rede Amolar”, garante.
Os levantamentos e atividades estão acontecendo na área da Rede Amolar, que foi criada em 2008, por iniciativa do IHP e, atualmente, é formada por áreas com múltiplos usos e status de conservação na região.
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Onça-pintada flagrada pelo monitoramento do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e da BrazilFoundation na Serra do Amolar, no Pantanal de MS — Foto: IHP/Divulgação
As armadilhas fotográficas permitem que os pesquisadores identifiquem diversos animais da fauna pantaneira passeando “despretensiosamente” pelas áreas monitoradas. Onças-pintadas, capivaras, queixadas, tatus canastra e antas são alguns dos animais flagrados pelas armadilhas.
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Outro flagrante de uma onça-pintada em seu 'hotspot' na Serra do Amolar, no Pantanal de MS — Foto: IHP/Divulgação
Região fragilizada
Mesmo após a criação da Rede Amolar, que incorporou áreas conservadas no entorno do Parque Nacional do Pantanal, a biodiversidade da região está fragilizada pelos incêndios florestais, por exemplo.
“Conseguimos mais uma parceria em prol da biodiversidade desta região única do nosso país. A intenção é sempre valorizar os recursos naturais, pensando no Projeto Alto Pantanal. Esta é mais uma iniciativa em prol da conservação do bioma pantaneiro”, afirma o presidente do IHP, Ângelo Rabelo.
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