Reportagem do site Gazeta Digital relata o abandono do Centro Histórico de Cuiabá. A situação deplorável de casarões centenários preocupa. Poder público e proprietários dos casarões não teriam interesse em conservar os imóveis centenários.
“São casas com mais de 300 anos de construção que não são cuidadas, não recebem manutenção há muito tempo. Infelizmente estão deteriorando e caso não haja uma medida enérgica dos proprietários e órgãos competentes, a tendência é que caiam um a um”, diz o diretor da Defesa Civil Municipal, José Pedro Ferraz Zanetti.
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Quase 3 meses após dois casarões do Centro Histórico de Cuiabá desmoronarem com as fortes chuvas que atingiram a cidade, risco volta a rondar outros imóveis da região. Rachaduras e cupins associados à falta de zelo por parte do poder público e dos proprietários expõem casas que levam em sua estrutura a história da capital mato-grossense. Defesa Civil Municipal acompanha pelo menos outros 3 casarões classificados como risco iminente de desmoronar.
Quem anda pelo Centro Histórico de Cuiabá consegue perceber a olho nu os reflexos do tempo, do clima e da falta de cuidado com os imóveis. A maioria está inabitado e os que estão, em sua maioria, são ocupados por comerciantes que alugam o espaço. Aqueles em situação mais deplorável contam com escoras para se manter de pé.
Diretor da Defesa Civil Municipal, José Pedro Ferraz Zanetti, explica que o órgão vem acompanhando as condições dos imóveis centenários corriqueiramente e afirma que infelizmente o futuro da história local está cada vez mais perto de se perder.
“São casas com mais de 300 anos de construção que não são cuidadas, não recebem manutenção há muito tempo. Infelizmente estão deteriorando e caso não haja uma medida enérgica dos proprietários e órgãos competentes, a tendência é que caiam um a um”.
Zanetti conta que a Defesa Civil já tentou contato com os proprietários, mas, quando se pesquisa acaba descobrindo que não se trata de um dono, mas sim, vários herdeiros que em sua maioria sequer moram na cidade, sendo que alguns vivem até mesmo no exterior.
“Há casas que tem 20, 25 proprietários entre filhos e netos. E a maioria não faz questão de investir na manutenção dos casarões, porque é uma execução cara e que leva tempo. Eles torcem na verdade para que caiam logo, para vender os terrenos que são avaliados em altos valores”, lamenta.
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