Após ter oficializado sua candidatura à reeleição, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que pretende realizar uma campanha de propostas e sem ataques, mesmo tendo como principal adversária, a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), que é esposa do seu inimigo político, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Mendes também disse que continuará priorizando todos os setores do Estado em um eventual segundo mandato, e que tem o aval da sua esposa para fazer sua campanha, mesmo ela estando em tratamento de saúde em São Paulo. Confira os principais trechos de sua primeira entrevista oficialmente como candidato à reeleição:
A Gazeta - Qual o setor do Estado que o senhor acredita que precisará de maior atenção em um eventual segundo mandato?
Mauro Mendes - Todos os setores do Estado precisa receber atenção. Um bom governo é aquele que é capaz de olhar para todas as áreas, para todos os municípios, todos setores e de alguma forma fazer o mandato valer a pena pelo voto que recebeu do cidadão. Nós temos que olhar para todas as áreas. É isso que nós fizemos no primeiro mandato e é isso que nós vamos fazer se, um eventual segundo mandato, se for a vontade de Deus e da maioria do povo, nós tivermos a honra em Mato Grosso.
A Gazeta - O senhor decidiu disputar a reeleição com o apoio da família e amigos, mesmo em uma situação delicada de saúde de sua esposa. O senhor não tem ser criticado por se dedicar a uma campanha, enquanto ela realiza um tratamento de saúde no hospital?
Mauro Mendes- A minha esposa e minha família sempre foram e são as coisas mais importantes que eu tenho na minha vida. Nenhuma decisão importante que eu tomei, foi sem discutir com os meus filhos e com a minha esposa e ter aprovação deles. Desta vez não foi diferente. A minha esposa está passando importante tratamento. Acreditamos em Deus, acreditamos na medicina, acreditamos nas orações que estamos fazendo e que milhares de pessoas estão fazendo. E não tenho dúvida nenhuma que em breve ela estará 100% recuperada e ao meu lado como sempre ela esteve.
A Gazeta - O senhor citou uma certa ingratidão do senador Carlos Fávaro por ele estar em outro palanque, mesmo o senhor tendo o ajudado na eleição dele. Mas em 2018, o senhor era do mesmo grupo do ex-governador Pedro Taques, que o ajudou em 2012, e mesmo assim disputou a eleição contra ele. O senhor foi ingrato com o ex-governador?
Mauro Mendes - São situações completamente diferentes. Em 2010 eu apoiei o Pedro Taques e ele se tornou senador. Em 2012 ele me apoiou e eu me tornei prefeito de Cuiabá. Zero a zero então. Já em 2014 eu o apoiei para governador, e então ficou ele me devendo uma. Em 2018 eu não devia nada a ele, e o compromisso que eu tinha, que eu fiz em 2014, eu e qualquer cidadão era de um mandato de quatro anos, e não de apoio eterno. Compromisso eterno até hoje foi com a minha esposa e estou casado há 27 anos.
A Gazeta - O senhor enfrentará como principal oponente a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, esposa do prefeito Emanuel Pinheiro. E já tem aliados do senhor defendendo um debate sem ataques. O senhor pretende usar os problemas jurídicos do prefeito durante a campanha contra ela?
Mauro Mendes - A campanha será sobre Mato Grosso, sobre o seu presente, sobre o seu futuro, sobre os seus desafios. Apoia não é sobre Cuiabá, muito menos sobre o seu prefeito. Os problemas que ele tem são dele, causados por ele, e se ele tem problema na justiça, eu espero que a justiça funcione e ele vai responder para a justiça. Não é foco de uma campanha a governo do Estado do Mato Grosso debater os problemas de corrupção, de investigação ou outras coisas que acontecem na Prefeitura de Cuiabá. Nós vamos debater Mato Grosso, o seu presente e o seu futuro.
A Gazeta - Recentemente o senhor deu entrevista a vários jornalistas, criticando um possível sensacionalismo em relação à fila dos ossinhos em Cuiabá, e dizendo que os ossos doados seriam de qualidade. O senhor mantém esse pensamento? Acredita que ossinhos possam fazer parte da alimentação da população e que traz segurança alimentar para quem come?
Mauro Mendes - Primeiro eu disse que essa fila de doações acontece há mais de 10 anos. E este produto que é doado é comercializado em muitos açougues. Mas o problema não é esse, o problema é que a rede de assistência social na cidade de Cuiabá não está funcionando bem. E isso é uma responsabilidade direta da prefeitura. Cabe ao Estado e a União fazer o cofinanciamento. Apesar da incompetência e da má gestão da rede de assistência, o governo do Estado está fazendo a sua parte. Nós já distribuímos só da cidade de Cuiabá mais de 200 mil cestas básicas. Nós temos hoje 6,5 mil famílias em Cuiabá recebendo o auxílio alimentação, o cartão é do programa Ser Família. Portanto, o Estado está fazendo a sua parte e é muito importante que a prefeitura faça a sua parte, e cumpra o seu papel cadastrando e cuidando das famílias também na cidade de Cuiabá, como muitos municípios fazem.
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