O presidente Jair Bolsonaro declarou na manhã de segunda-feira que não tem como saber o que ocorre dentre dos ministérios, numa alusão ao superfaturamento da vacina Covaxin. A compra se tornou um dos maiores alvos da CPI da Covid após o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo, na última sexta.
O presidente negou irregularidades e disse que foi o parlamentar que lhe apresentou o caso, confirma a visita de Miranda. Além disso, negou a existência de corrupção.
— Eu nem sabia como é que estava a tratativa da Covaxin, porque não 22 ministérios. Só o ministério do Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) tem mais de 20 mil obras. (O Ministério da Infraestrutura), do Tarcísio (de Freitas) não sei, deve ter algumas dezenas, centenas de obras. Eu não tenho como saber. O da Damares (Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), o da Justiça, o da Educação. Não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministro, e nada fizemos de errado.
A apoiadores, Bolsonaro voltou a rechaçar medidas de combate à pandemia, como o isolamento social:
— Eu não fechei um botequim sequer. Sempre falei que economia e saúde ou o vírus e o desemprego eram duas preocupações. Eu não decretei toque de recolher, lockdown.
Perguntado por uma apoiadora sobre o fim do prazo para o Ministério da Defesa justificar o sigilo no processo aberto pelo Exército contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Bolsonaro se recusou a falar.
— Não vou responder isso aí. Deixa a Defesa responder.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias — prazo se esgota nesta segunda — para a pasta explicar o sigilo do caso, revelado pelo GLOBO. Atual secretário de Estudos Estratégicos, o general da ativa não foi punido pelo Alto Comando após participar de uma “motociata”, evento político ao lado presidente, no Rio de Janeiro.
O presidente também se negou a revelar o partido ao qual se filiará para concorrer às próximas eleições. O mais cotado é o Patriotas.
— O ideal é se você não precisasse de um partido para disputar eleição. Agora, os partidos... todos têm seus problemas.
A apoiadores, Bolsonaro voltou a rechaçar medidas de combate à pandemia, como o isolamento social:
— Eu não fechei um botequim sequer. Sempre falei que economia e saúde ou vírus e desemprego eram duas preocupações. Eu não decretei toque de recolher, lockdown.
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