Considerado uma das principais obras de Dom Francisco de Aquino Corrêa.
Foi reconhecido oficialmente por meio de decreto estadual em 1983, a partir da avaliação por uma “comissão criada para estudar possíveis mudanças na sua letra”, pois o Estado de Mato Grosso fora dividido em 1977 pelo Presidente Ernesto Geisel.
Eu estava presente no Palácio do Planalto, em Brasília, e assisti esse fato histórico.
A canção canta as riquezas do nosso Estado, como minérios e gado.
Das suas belezas naturais, fauna e flora, pantanais e índios.
Fala de Dourados e Corumbá e não menciona nosso cerrado, a floresta amazônica e nossas cidades novas como Rondonópolis, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Primavera do Leste, entre outras tantas que surgiram, cresceram e desenvolveram após 1970.
O mato-grossense nascido agora, irá aprender na escola o hino do seu Estado e falar em Dourados, Corumbá e pantanal, quando a sua realidade é o cerrado, a mata alta e algumas das cidades citadas.
O escritor, professor universitário, acadêmico e historiador Fernando Tadeu de Miranda Borges, é um inconformado com a letra atual da nossa canção.
Tentou fazer essa abordagem de atualização nas instituições por ele frequentadas, mas, após repetidas reuniões, a maioria decidiu por não alterar a letra original de Dom Aquino Corrêa.
Se não atualizarmos logo, será tarde demais pois, ao que tudo indica, nosso Estado poderá sofrer nova divisão, pois poderosas forças políticas do agronegócio estão trabalhando para alcançar esse objetivo, cujo poder lhe será transferido totalmente.
Pretendem que a Capital do novo Estado seja Sinop, onde seria instalado o centro administrativo, com os Palácios do Governo Estadual, com suas secretárias, Assembleia Legislativa e Poder Judiciário.
Teriam 3 senadores, deputados federais, estaduais e governador do novo estado.
Seu hino estadual poderá citar às riquezas do agronegócio, do cerrado e da floresta amazônica.
Sua capital seria chamada de capital do agronegócio, e poderá começar suas atividades com uma universidade federal e faculdade de medicina funcionando.
Na escola, suas crianças poderão se identificar com a letra do hino do seu Estado.
Sugiro ao professor Fernando Tadeu que coordene um plesbicito, para avaliar a opinião da nossa população sobre a “imexibilidade” da letra do hino de Mato Grosso.
Não merececemos tamanho sofrimento com mais uma divisão.
*Gabriel Novis Neves
https://bar-do-bugre.blogspot.com
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