23 de Março de 2025

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opinião Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2024, 08:27 - A | A

Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2024, 08h:27 - A | A

BAR DO BUGRE

MORTE, UM ASSUNTO RECORRENTE

*GABRIEL NOVIS NEVES

 

 
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Celebração do 'Día de los Muertos', no México

 

Era bem cedo ainda. De uma amiga do Sul recebi mensagem dizendo estar curtindo uma santa chuvinha. Dessas gostosas para ficar na cama por mais um tempinho.

 

Aqui no Centro Oeste as mudanças climatológicas sempre se fazem de baixo para cima.

 

Provavelmente, já depois do almoço teremos pelo menos um chuvisco em alguns bairros da nossa cidade.

 

Chuvinha boa para molhar as plantas do meu jardim, que solicitam mais água para florir.

 

Com a chegada do carnaval, temos que nos preocupar com a dengue e com a covid, que insistem em não nos deixar em paz.

 

No início do século passado, não tínhamos antibióticos nem vacinas. Daí, os exames complementares de imagens se resumirem em um simples Raio X de difícil definição.

 

Os laboratórios de análise clinica ficavam no exame simples de urina — para pesquisa de infecção e albumina — e de sangue.

 

É, passei por esse verdadeiro corredor de terror, vivendo sonhos realizados.

 

Nunca pensei que pudesse chegar até aqui para relatar isso.

 

Para aqueles que nasceram na década de trinta, quando a expectativa de vida beirava os cinquenta, considero-me uma lenda desse período.

 

Uma de minhas irmãs há que vive ‘intrigada’ comigo por escrever, aqui e ali, sobre a morte. Diz que tenho uma obsessão por esse tema. Nesse ponto, não é que ela tem toda a razão?

 

Quando nasci, meu pai já estava no alto dos seus quarenta anos, ‘cheirando’ à expectativa de vida, que atingia os cinquenta anos.

 

Fui educado por um pai idoso. Então, era frequente estar lado a lado com colegas de classe órfãos.

 

Hoje, já estou vizinhando os noventa, com expectativa de chegar ao centenário. Que Deus me ouça!

 

Escrevo sobre a morte porque tive a ventura de não ter sido ainda, nem de longe, ameaçado por ela.

 

As doenças que me acompanham, são degenerativas, próprias do envelhecimento.

 

Daí a razão de chamar a atenção para situações em que a morte nos afasta dos nossos amores. Aliás, no dia a dia não damos nenhuma atenção à ‘danada’.

 

Sim, vou me inclinar ao carnaval, alegria do povo, com o ‘enterro dos ossos’.

 

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*Gabriel Novis Neves

 

 

 

 

https://bar-do-bugre.blogspot.com

 

 

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