O Brasil tem biomas poderosos. Isso implica numa visão muito diferente da usada até hoje. Tenho lido muito a respeito e percebido o quanto o mundo está focado nas questões ambientais a partir de 2020. As gerações mais novas estão conectadas no meio ambiente. A Europa está absolutamente ligada. O presidente eleito dos EUA defende rigor nessa área. Menos por si, mais pela pressão que recebe da opinião pública.
O Brasil está no coração das pressões mundiais sobre o seu meio ambiente. E não está respondendo à altura dessas pressões.
Vamos aos fatos mais destacados. Depois da pandemias do corona vírus, o mundo emerge voltado pra qualidade der vida e pro bem estar das pessoas. A fragilidade da vida vista na pandemia acabou associada às fragilidades acumuladas sobre o planeta. O meio ambiente tornou-se fundamental.
O Brasil tem o patrimônio ambiental de biomas ricos. Isso nos torna fortes como elementos de negociação política, econômica e de sustentabilidade do planeta. É muito valor somado! É urgente sair da posição de reação às críticas e adotar ações de atividade efetiva e fortes sobre esses biomas.
É o momento estratégico de tirar o Pantanal dessa condição de vulnerabilidade ambiental e incluí-lo nas macro preocupações ambientais mundiais. É um elemento de negociação política e econômica nos cenários ambientais.
Mato Grosso se inclui muito fortemente nesse quadro nacional, com suas marcas próprias. Entre elas os seus próprios biomas: cerrado, amazônia, pantanal e o araguaia. Todos os 141 municípios de Mato Grosso estão incluídos numa macrorregião chamada Amazônia Legal, com 5 milhões de km2 distribuídos em vários estados. A Amazônia Legal abrange 59% do território brasileiro, distribuído por 775 municípios. Representa 67% das florestas tropicais do mundo. Se fosse um país, a Amazônia Legal seria o 6º maior do mundo em extensão territorial.
A vigilância mundial sobre a Amazônia atinge também Mato Grosso. Assim como o Pantanal entrou no radar mundial em 2020 com grandes incêndios. Sendo patrimônio natural da humanidade, é justo que a região atraia todos os olhares mundiais. É o momento estratégico de tirar o Pantanal dessa condição de vulnerabilidade ambiental e incluí-lo nas macro preocupações ambientais mundiais. É um elemento de negociação política e econômica nos cenários ambientais.
O risco da Amazônia virar uma causa negativa mundial junto com o Pantanal, é que o Cerrado também pode ser atingido por restrições comerciais e econômicas. Seria fatal pro agronegócio desenvolvido e ambientalmente correto. Causas políticas viriam junto. E todo mundo sabe como a política é cruel quando quer destruir.
Concluo este artigo com a tese de que é preciso olhar os biomas de Mato Grosso, junto com os do Brasil, com o olhar estratégico e geopolítico. Somos muito amadores pra sobreviver num mundo onde as causas ambientais ditarão os caminhos da política e da economia mundiais no século 21.Tecnologias e meio ambiente!
*Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
[email protected] www.onofreribeiro.com.br
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