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Domingo, 20 de Abril de 2025, 06h:57 - A | A

É PÁSCOA!

Pequena história do coelho, do ovo e das tradições de Páscoa

Redação

 

[Imagem: www.vidadeturista.com]

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Há séculos, famílias de diversas partes do mundo celebram a maior festa do Cristianismo de maneira semelhante. No sábado, com a missa de Vigília Pascal seguida da queima simbólica do Judas e, no domingo, através da missa de Páscoa e da busca por ovos coloridos no jardim e pela casa.

 

No entanto, já nem todo o mundo sabe por que se celebra a Páscoa. E a figura do coelho da Páscoa não ajuda exatamente, já que ele nada tem a ver com a ressurreição de Cristo.

 

Não se sabe exatamente como e onde surgiu o traje do coelhinho de Páscoa. Há várias respostas para esse fato. Além do símbolo de fertilidade, o coelho também é visto como um mensageiro da primavera na Europa.

 

Tradição protestante

 

A primeira menção sobre o coelho da Páscoa trazendo ovos é do século 17. Posteriormente, no século 19, o símbolo ganhou popularidade na Alemanha, sendo promovido pelo setor da confeitaria. Segundo o pesquisador de figurinos Alois Döring, de Bonn, o coelho teria sido uma invenção protestante.

 

"As crianças católicas sabiam que na Páscoa poderiam voltar a comer ovos, que durante a Quaresma eram proibidos. Mas como explicar às crianças protestantes por que, de repente, havia tantos ovos na Páscoa?", explica Döring.

 

Coelhinhos de chocolate
Coelhinhos de chocolate viraram uma tradição de PáscoaFoto: Momentos Políticos/IMAGO

 

Foi por isso que os protestantes realizaram as histórias do coelho que distribuíam, de casa em casa, os ovos acumulados durante o período. Além disso, o coelho era um símbolo de fertilidade – o que aliás não foi explicado como o animal, na condição de mamíferos, tinha tantos ovos.

 

Os protestantes não se preocupam muito com a biologia, mas, sim, com os costumes católicos como o de fazer os fiéis rirem durante as missas de Páscoa. Enquanto os protestantes celebravam a ressurreição de Cristo no domingo de Páscoa com muita seriedade e silêncio, em muitas igrejas católicas procuravam-se comemorá-la de forma festiva.

 

Durante o período barroco, era comum até que padres católicos contassem anedotas aos fiéis. E o púlpito, muitas vezes, foi transformado em ateliê. "De muitos sermões, pode-se até tirar belas passagens sobre a pintura e a decoração de ovos de Páscoa, que nos séculos 17 e 18 eram comuns. Ou foram se tornando comuns", conta Döring.

 

Um ovo, dois ovos, três ovos pra mim

 

Até o começo do século 20, o coelho não era conhecido como símbolo da Páscoa no Brasil. O traje foi levado ao país por imigrantes alemães na região Sul, entre 1913 e 1920.

 

Crianças procuram ovos de chocolate em Gramado
Na Alemanha, as crianças procuram no domingo de Páscoa ovos de chocolateFoto: aliança de imagem/dpa/Jens Kalaene

 

Uma lenda antiga conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dar a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças chegaram ao ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é quem trouxe os ovos.

 

Segundo a tradição alemã, as crianças procuram no domingo de Páscoa ovos de chocolate "presenteados e escondidos pelo coelho" no quintal ou jardim de casa. Além disso, ganhe cestas com coelhinhos, pequenos ovos de chocolate e de galinha cozidos e coloridos com tinta especial. Existem ainda diversas receitas de bolos especiais para a Páscoa.

Os ovos de Páscoa

 

Historiadores afirmam que o traje de cozinhar e depois colorir ovos de galinha para serem dados de presente surgiram entre os antigos egípcios, persas e algumas tribos germânicas. Hoje se atribui aos chineses o traje milenar de apresentar pais e amigos com ovos nas festas de primavera.

 

Já os reis e príncipes da Antiguidade confeccionavam ovos de prata e ouro recobertos de pedras preciosas. O povo, sem recursos para tais luxos, manteve a tradição de pintar e decorar os ovos de galinha.

 

Várias cestas de ovos pintados
Ovos coloridos são uma tradição de Páscoa em vários países europeus / Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance

 

Os ovos sempre foram tidos como símbolo de vida nova e, assim sendo, da ressurreição de Jesus Cristo. A tradição de pintar, decorar e apresentar os ovos já existia desde os primórdios do Cristianismo.

 

“Antigamente, era comum pintar os ovos apenas de vermelho, para simbolizar tanto o cor do sangue de Cristo quanto a do amor que ele nutria pela humanidade. Isso ainda é assim na Igreja Ortodoxa”, conta Döring. "E a decoração serve para distinguir os ovos bentos dos não bentos durante a Páscoa."

 

Com o passar do tempo, diversos outros costumes foram criados em torno do ovo, como por exemplo, a brincadeira de escondê-los.

 

Páscoa: uma festa cristã

 

Com a intenção de celebrar a ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa é a principal festa cristã, comemorada no primeiro domingo de lua cheia depois do início da primavera europeia, isto é, entre os dias 22 de março e 25 de abril. A Páscoa vem sendo comemorada há 1.700 anos, desde o Primeiro Concílio de Niceia, em 325, que fixou a data para a festividade.

 

A mensagem central da Páscoa é que a morte não é o fim de tudo. “A vida triunfa sobre a morte, a verdade sobre a mentira, a justiça sobre a injustiça, o amor sobre o ódio”, resume a doutrina da fé do catecismo católico.

 

A festa religiosa incorpora o Pessach, comemoração judaica que grava a travessia dos judeus do Egito até a Terra Prometida, marcada pela travessia do Mar Vermelho.

 

*Via DW

 

 

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