Jovem deve ser colocada em coma induzido como medida paliativa

(Foto: Reprodução/Instagram/caarrudar)

 

A influenciadora mineira Carolina Arruda, 27, passará por um coma induzido em busca de alívio para a neuralgia do trigêmeo bilateral – doença rara e extremamente dolorosa, conhecida como a 'pior dor do mundo'. O procedimento será realizado em UTI, com monitoramento intensivo.

Carolina enfrenta crises severas de dor facial há mais de dez anos. A neuralgia do trigêmeo provoca choques intensos em áreas como mandíbula, bochechas e nariz. No caso dela, a condição atinge os dois lados do rosto, o que é ainda mais raro e resistente ao tratamento.

Coma induzido

Após seis cirurgias sem sucesso e uso contínuo de medicamentos potentes, a jovem aposta agora no coma induzido como uma tentativa de “reiniciar” o cérebro e melhorar a resposta do organismo aos remédios, que até hoje não surtiram efeito.

O coma induzido é um estado profundo de sedação provocado por anestésicos, usado em situações extremas, como traumas ou crises epilépticas graves. Em Carolina, o objetivo é permitir que o cérebro descanse e retome funções com menos dor.

Durante o coma, a paciente será entubada e mantida inconsciente por dias. Riscos como infecções e complicações neurológicas exigem vigilância constante de uma equipe médica multidisciplinar. A recuperação varia conforme a resposta individual ao procedimento.

Apesar dos riscos, Carolina vê o coma como a única alternativa após anos de sofrimento. Mãe de uma menina de 10 anos, que hoje é criada pelos bisavós, ela luta para voltar a ter qualidade de vida e uma rotina com menos dor.

Sua história ganhou repercussão em 2024, quando cogitou buscar o suicídio assistido na Suíça. O caso comoveu o país e garantiu acesso a tratamentos gratuitos no Centro de Dor da Santa Casa de Alfenas (MG), mas o alívio foi apenas temporário.

 

Jovem é estudante de medicina veterinária e mãe de uma menina de 10 anos – Foto: Carolina Arruda/@caarrudar/Instagram

Além da luta pessoal, Carolina é presidente da Associação da Neuralgia do Trigêmeo Brasil e usa sua voz para conscientizar sobre a doença. Para arcar com tratamentos não cobertos pelo SUS, ela mantém campanhas de arrecadação online.

 *Via ND Mais/R7