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Pesquisadores do Comitê de Saúde da Pessoa Idosa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) lançaram hoje uma nota técnica que defende a inclusão de idosos com limitações funcionais — independente da idade — e seus cuidadores — sejam familiares ou contratados — na fila de prioridade da vacinação contra a covid-19. O documento diz que esses grupos, apesar da vulnerabilidade e exposição ao coronavírus, não foram incluídos na lista de prioridades. No caso dos idosos, a prioridade tem sido para aqueles de maior idade ou que vivem em abrigos.
Segundo a nota, o Brasil tem 5,2 milhões de idosos que necessitam de ajuda para desempenhar suas atividades diárias. Em pelo menos 80% dos casos, o cuidado é prestado por algum familiar e em 20% este é prestado por uma cuidadora remunerada. "Estima-se, portanto, que cerca de 4,2 milhões de familiares cuidam de idosos e 1 milhão de cuidadores sejam contratados ou remunerados", afirma o documento.
Os pesquisadores afirmam que o envelhecimento no país não acontece de forma igual para toda a população. "Uma pessoa de 75 anos pode ter melhores condições de saúde que uma de 60 anos. A situação econômica e o acesso ao sistema de saúde durante a vida são determinantes da desigualdade ante a velhice", dia a nota técnica. Por isso, os pesquisadores defendem que se tenha como grupo prioritário no Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 os idosos com incapacidade funcional (provocados por uma doença, acidente, problema degenerativo ou outra situação) e que precisam de cuidados domiciliares.
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