Em busca de tornar suas viagens mais limpas e seguras, a Boeing planeja testar se a implementação de rajadas de ar em seus aviões podem impedir que germes e vírus, como o Sars-Cov-2, circulem entre as fileiras de passageiros.
Na última quinta-feira (3), Doug Christensen, técnico da Boeing, afirmou que a fabricante de aviões — uma das maiores do mercado, inclusive — está instalando 20 ventiladores aéreos com bicos especiais, impressos em 3D, para criar uma “cortina de ar” em um novo jato 737 Max.
Para otimizar os experimentos, a gigante também terá ajuda da Alaska Airlines, que fornecerá a aeronave intitulada de ecoDemonstrator para testar novas tecnologias nos próximos cinco meses.
“Se você entrar em um avião e a pessoa à sua frente espirrar e essas partículas estiverem flutuando, você ficará nervoso”, afirmou Christensen, que também é o líder técnico do programa ecoDemonstrator. “Esses bicos vão realmente empurrar o ar para baixo e para longe da área de respiração”, completou.
O teste junta-se a outros desenvolvimentos feitos pela Boeing, como revestimentos antimicrobianos e temperaturas elevadas para eliminação de vírus na cabine de comando, para minimizar os impactos da pandemia de coronavírus nas viagens aéreas.
Vale lembrar que o ecoDemonstrator é o oitavo avião comercial usado desde 2012 para testar os cerca de 195 projetos desenvolvidos pelos engenheiros da Boeing.
Além desse mecanismo de “cortina de ar”, a Boeing espera apresentar em torno de 20 novas tecnologias promissoras para o setor de aviação.
Entre elas, são destacadas um novo agente extintor de incêndio para motores de avião capaz de reduzir significativamente os danos à camada de ozônio, “luvas acústicas” em tampas de motor para tornar os aviões mais silenciosos e a reciclagem de sobras de composto de carbono da asa do 77X em painéis das paredes laterais da cabine.
Via: Uol
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