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geral Sexta-feira, 09 de Agosto de 2019, 14:17 - A | A

Sexta-feira, 09 de Agosto de 2019, 14h:17 - A | A

NOTA DE REPÚDIO

Associação rebate juiz sobre criminosos no Gaeco: 'É ultraje inaceitável'

Repórter MT

Por meio de nota, a associação Mato-Grossense do Ministério Público saiu declarou repúdio e classificou como injúria e difamação a declaração em áudio atribuído ao juiz Tiago Abreu, presidente da Associação dos Mato-grossense dos Magistrados de que há "organização criminosa" instalada dentro do Ministério Público o que pode levar à "primeira prisão em massa de promotores de Justiça" no Estado.

 

Até o momento não houve pronunciamento oficial do presidente da AMAM sobre o áudio atribuído a ele, que teria supostamente sido enviado a um magistrado de Brasília.

Contudo, a nota da AMMP destaca que a fala é “leviana” e “um inaceitável ultraje”.

A polêmica teve início após o portal Correio Braziliense divulgar que a fala de Tiago faria referências a uma investigação que apontou suspeitas de que procuradores da República, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades, no esquema conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

“É absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina,  à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitrária, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso”, destaca trecho da nota.

À reportagem a assessoria da AMAM informou que o presidente irá se manifestar por meio de nota, ainda nesta sexta-feira (09).

Confira a nota da AMMP na íntegra

A ASSOCIAÇÃO MATO-GROSSENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO (AMMP), em razão das recentes matérias divulgadas nos órgãos de imprensa nacional e de Mato Grosso, de suposto áudio atribuído ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, onde  imputa o envolvimento de Promotores e Procuradores de Justiça no esquema de interceptações irregulares de telefones,;  acusa o GAECO de compor uma organização criminosa; e conjectura a prisão em massa de membros do Ministério Público de Mato Grosso, cumpre repudiar com veemência o conteúdo das falas divulgadas e esclarecer a sociedade para os seguintes fatos:

1 - Se verdadeiras, as afirmações atribuídas ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, expõe não só uma leviana e superficial apreciação dos fatos como também um inaceitável ultraje a todos os membros do Ministério Público de Mato Grosso,  além eventual prática de condutas típicas de difamação e calúnia.

2. Reiteramos nossa confiança no Poder Judiciário como instituição e, até prova em contrário, acreditamos também na juridicidade e licitude dos atos de seus membros no exercício da Jurisdição, por isso é absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina,  à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitrária, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso.

3 - Reafirmamos nossa confiança e reconhecimento no trabalho realizado pelo GAECO na obtenção de provas, de forma legal e eficiente,  em diversas investigações e operações complexas empreendidas contra redes de organizações criminosas que surrupiaram milhões dos cofres públicos.

O GAECO sempre combateu as organizações criminosas sendo absolutamente descabida e infundada a afirmação de que o grupo seria parte integrante de uma delas.

4 - Os valores que inspiram o Ministério Público compreendem o Direito como origem do ideal civilizatório. A causa que move seus integrantes é a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e dos interesses superiores da sociedade, não se admitindo  interna e externamente transgressão a esses preceitos.

5 - A AMMP apoia a apuração rigorosa e integral de todos os fatos citados nesse triste episódio denominado popularmente como GRAMPOLANDIA, reafirmando, até efetiva comprovação de qualquer conduta ilícita, sua plena confiança na lisura da conduta dos promotores e procuradores de Justiça, que integraram o Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

Direção da AMMP Gestão Atitude e Participação

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