A Associação Mato-Grossense dos Magistrados (AMAM) vem a público se solidarizar e lamentar com extremo pesar a brutal morte da juíza do Rio de Janeiro, Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, às vésperas do último Natal. A entidade frisa a importância do combate ao feminicídio e a aplicação de leis que protejam e assegurem a vida de mulheres por todo o país.
Assassinatos como o da magistrada na noite da última quinta-feira (24) demonstram a vulnerabilidade a que qualquer mulher, independente de classe social, raça, faixa etária e outros critérios, ainda estão submetidas. A AMAM, a exemplo de outras instituições ligadas à magistratura no Brasil, recebeu com perplexidade a notícia da morte de Viviane, que atuava na 24ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Além do fato de ser uma juíza, a vítima era mãe de três crianças que presenciaram o homicídio cometido pelo próprio pai, ex-marido da magistrada, Paulo José Arronenzi, o que causa ainda mais indignação a todos.
A morte da juíza Viviane entra para a triste estatística do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta que cerca de 90% das vítimas de feminicídios são mulheres mortas por ex-companheiros ou ex-maridos. Diante disso, é importante que a sociedade repense os valores as quais as bases familiares estão construídas. Uma vez que um relacionamento amoroso chegue ao fim, não cabe aos homens a ideia de que sua ex-mulher é também sua propriedade. É dado a toda e qualquer mulher a liberdade de seguir com suas vidas, independentemente deste rompimento.
A AMAM repudia qualquer tipo de ameaça, abuso ou violência cometidos contra mulheres e lamenta o fato disso ter ocorrido contra uma magistrada. A Associação acredita na Justiça para que casos como este não se repitam mais.
Aos filhos, familiares, amigos e colegas de magistratura da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, a entidade presta suas mais sinceras condolências.
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